Passarela está sem manutenção e coloca a vida de pedestres em risco
Sem passarela, pedestre se expõe a riscos em Cuiabá
Moradores e comerciantes da Avenida Fernando Correa, em Cuiabá, próximo à Ponte do Coxipó e arredores, que precisam atravessar a via, diariamente, reclamam da falta de manutenção da passarela que liga os dois lados da avenida. A estrutura está precária e obriga a população a se aventurar "nos ares", sempre que precisa usá-la.
A passarela, que conta com degraus e passeio feitos de madeira, coloca em risco quem passa pelo local, principalmente estudantes das escolas Patronato Santo Antônio, Dom João D"Lara e Maria Dimpina Lobo Duarte.
A estrutura, que é feita de ferro, treme a cada veículo pesado que passa pela avenida ou quando há pessoas subindo os degraus da passarela. Além disso, muitas tábuas estão soltas, separadas uma das outras, aumentando os riscos de acidentes.
Paulo Renê Bertão Nandes passa com os filhos pela passarela do Coxipó todos os dias. Ele disse ao MidiaNews que teme a ocorrência de algum acidente grave no local. "Falta manutenção, vivemos em situação de risco todos os dias. As tábuas estão soltas, podres e cerca de dois mil alunos passam por ali todos os dias", reclamou.
Segundo a estudante da Escola Municipal Maria Dimpina, M. J., 14, que precisa atravessar a ponte diariamente para ir à aula, não há como evitar a passarela, pois corre riscos ainda maiores ao atravessar no meio dos carros. "Tenho que passar por ali ou atravessar a avenida correndo", disse.
A auxiliar de serviços gerais Wilma Maria, 51, afirmou que, raramente, usa a passarela. Ela acha o local perigoso e sente medo de cair. Wilma trabalha há quatro anos no Coxipó e disse que "prefere pagar para não ter que passar por lá".
"Alguma coisa precisava ser feita ali, mas tem que ser uma manutenção bem feita", disse.
Ausência
A questão das passarelas, na verdade, é polêmica. Em umas avenidas mais movimentadas da Capital, como Historiador Rubens de Mendonça (Av. do CPA), as passarelas não existem - e são necessárias. Normalmente, as passarelas são construídas para proteger o pedestre, principalmente em vias nas quais os carros passam em alta velocidade ou com índices elevados de acidentes.
Na Avenida do CPA, nos acessos ao Pantanal Shopping Center e ao Centro Político Administrativo (via Secretaria de Fazenda), os pedestres se arriscam várias vezes ao dias, entre os carros, para atravessar a avenida.
Os sinais de trânsito existentes ali, como semáforos e faixas de pedestre, raramente são respeitados por motoristas.
Um pouco mais à frente, no Viaduto da Miguel Sutil, a cena se repete. Pessoas correm pelo asfalto, saem detrás dos ônibus e pegam os motoristas de surpresa, obrigando-os, muitas vezes, a frear bruscamente para evitar acidentes.
Sem uso
Ainda na Avenida Fernando Corrêa, uma passarela foi construída, há pelo menos duas décadas, em frente à concessionária de veículos Trescinco, para auxiliar os pedestres a atravessarem a via com segurança, mas, raramente, o equipamento é usado. Poucas pessoas optam por subir seis metros acima do chão, antes de atravessar a avenida.
Segundo a vendedora Marielly Fernandes, 27, as pessoas acham que "ganham tempo" e "cansam menos", se evitarem os degraus ou a rampa. Elas preferem "confiar na sorte", atravessando uma das avenidas mais movimentadas e perigosas da Capital.
"Às vezes, você já está atrasado; então, é melhor dar uma ‘corridinha" do que subir tudo aquilo", justifica a vendedora.
Outro lado
MidiaNews tentou entrar em contato por telefone com as secretarias municipais de Infraestrutura (Seminfe) e de Trânsito e Transportes Urbanos (SMTU), mas ninguém atendeu, durante durante toda a sexta-feira (7).
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