Se eu pular fora, o barco vai afundar, diz Cuca
Após o empate sem gols no clássico contra o América-MG, no sábado, em Sete Lagoas, o técnico Cuca afirmou que pretende continuar no comando do Atlético-MG até o final do Campeonato Brasileiro, seja qual for o desempenho do time até lá. Em crise, a equipe atleticana está no 17º lugar (está na zona de rebaixamento) e não vence há cinco rodadas.
Cuca admitiu que vive situação difícil na competição, mas afirmou que a ameaça do rebaixamento tem mais chance de se concretizar se ele deixar o Atlético-MG.
"Está entrando água [no barco] e se eu pular fora, vai afundar", declarou. "É facil no futebol se estar vivendo um momento ruim e sair, mas os guris [jogadores] precisam de mim. A diretoria tem o pensamento dela, tomara que seja igual ao meu."
Para o treinador, o grande problema do Atlético-MG na partida foram as conclusões. A equipe de Cuca finalizou 14 vezes contra o gol do AMérica-MG e esbarrou em defesas do goleiro Neneca. "Estamos pecando na finalização. Hoje o América deu só um chute no segundo tempo".
Apesar do mau desempenho do ataque atleticano, Cuca responsabilizou o árbitro Cleber Welington Abade pelo empate, citando um gol anulado no primeiro tempo, em que Abade marcou falta no goleiro americano após cobrança de escanteio, e um pênalti não marcado sobre o meia Bernard. "Não é chororô, é fato. Fomos prejudicados em dois lances", disse.
O técnico se mostrou otimista para o próximo confronto do Atlético-MG, na próxima quinta-feira, contra o Santos. "Num momento de final de campeonato, tudo é possível. Espero um jogo mais aberto e, se Deus ajudar e a bola entrar, podemos ganhar. Estou preparado".
Instado a afirmar que sua equipe não será rebaixada, Cuca preferiu não garantir a permanência na primeira divisão, mas se comprometeu a lutar para evitar o descenso. "Posso prometer que vamos dar a vida, como temos dado. Jogar com raça e vontade em todos os 10 jogos".
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