Marílson espera vaga olímpica com folga na maratona
O brasileiro Marílson Gomes dos Santos terá, neste domingo, a sua primeira grande chance de conquistar a classificação para os Jogos Olímpicos de Londres no ano que vem. A partir das 5h30, pelo horário de Brasília, ele vai correr a Maratona de Chicago, prova para a qual ele se preparou durante a maior parte da temporada.
Marílson tem grandes chances de se garantir na Olimpíada londrina. Para isso, precisa correr a prova em Chicago abaixo de 2h18min, índice B da Iaaf (Federação Internacional de Atletismo) e estabelecido também pela CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo). Em abril deste ano, em Londres, o brasileiro fez sua melhor marca pessoal da carreira com 2h06min34.
A prioridade de Marílson é conquistar a classificação olímpica, deixando a vitória ou o recorde pessoal em segundo plano. Mas Adauto Domingo, técnico do brasileiro, sabe que as condições são ótimas para um resultado expressivo. "Foi tudo feito de acordo com o planejamento. O Marílson está superbem e, em Chicago, poderemos ter duas situações. A primeira meta é conseguir a marca para Londres. Então, se estiver ventando, ele vai correr para 2h09min, 2h10min. Mas se não estiver ventando, mesmo que faça um friozinho de 14, 15 graus, vai partir para melhorar a marca pessoal", antecipa o treinador.
Marílson, que também disputa os 10 mil metros - prova que vai correr no Pan de Guadalajara -, colocou a classificação olímpica na Maratona como prioridade. "Desde que começamos a trabalhar juntos, em 2003, meu sonho e o do Marílson é participar de Olimpíadas. Pelo biótipo dele, decidimos, lá atrás, que a prova para isso seria a maratona, mais do que os 10 mil metros", conta Adauto, que esteve com Marílson nos Jogos de Pequim, quando o maratonista abandonou antes dos 35 km.
Durante a preparação para a Maratona de Chicago, Marílson faturou o título sul-americano de meia maratona, mês passado, em Buenos Aires, com um bom tempo de 1h01min12. Ele pretende repetir o desempenho na primeira metade da prova de domingo. "Fazer uma parcial rápida significa correr no pelotão da frente em Chicago, em que estarão alguns dos fundistas mais fortes do mundo", explica o técnico Adauto Domingues.
Marílson tem, dentre os inscritos para a maratona de Chicago, o quinto melhor tempo, atrás de dois quenianos, um norte-americano e um etíope.
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