Balanço indica que 8.951 estabelecimentos foram afetados nesta sexta (7). Trabalhadores querem 12,8% de reajuste; bancos oferecem 8%
Greve dos bancários fecha 44,6% das agências do país, diz Contraf
Na sexta-feira (7), 8.951 agências de bancos públicos e privados foram fechadas pelos trabalhadores em greve, de acordo com balanço divulgado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). O número equivale a 44,6% das 20.073 agências existentes no país.
A greve nacional dos bancários teve início no dia 27 de setembro e, atualmente, conta com a adesão de trabalhadores nos 26 estados e no Distrito Federal.
No primeiro dia de paralisação, 4.191 agências foram afetadas. No dia seguinte, já eram 6.248 estabelecimentos fechados e, desde então, o número segue crescendo, sempre de acordo com balanço da Contraf.
“Os bancários estão indignados com o silêncio e a hipocrisia dos bancos. Se, de um lado, eles não marcam nova negociação e sequer respondem à carta enviada pela Contraf-CUT na terça-feira (4), de outro, divulgam informações falsas para confundir os bancários e a sociedade ao dizer que as tratativas continuam e que estão abertos ao diálogo”, diz, em nota, Carlos Cordeiro, presidente da entidade e coordenador do Comando Nacional dos Bancários.
Segundo a Contraf, a atual greve da categoria é a maior dos últimos 20 anos.
Reivindicações
Os bancários entraram em greve por tempo indeterminado, após a quinta rodada de negociações com a Fenaban, ocorrida no dia 23. A proposta patronal contemplava reajuste de 8% sobre os salários, o que representa aumento real de 0,56%, segundo a Contraf. A reivindicação da categoria é de 12,8% de reajuste, sendo 5% de aumento real.
Os bancários pedem, ainda, valorização do piso, maior Participação nos Lucros e Resultados (PLR), mais contratações, fim da rotatividade, melhoria do atendimento aos clientes, fim das metas abusivas e do assédio moral, mais segurança e igualdade de oportunidades.
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