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Sexta - 07 de Outubro de 2011 às 15:06

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Leandro J. Nascimento/G1
Equipe médica que participou do parto será ouvida.
Equipe médica que participou do parto será ouvida.
Uma sindicância foi instaurada no Hospital Geral Universitário (HGU), em Cuiabá, para investigar as causas que provocaram a queimadura na perna esquerda da estudante Gilmara Divina Medeiros Santana, de 24 anos, que foi submetida a uma cesariana na tarde do dia 30 de setembro, para dar à luz o primeiro filho. Em até 30 dias o procedimento deve ser concluído.

De acordo com o chefe do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia do HGU, médico José Meirelles Filho, os profissionais que participaram do procedimento na sala de cirurgia com a estudante e dos outros dois partos realizados no mesmo dia devem ser ouvidos. "No mesmo dia, tivemos outras cesarianas que não tiveram intercorrências. A sindicância vai avaliar como ocorreu o acidente", destacou o médico, em entrevista ao G1.

Segundo Meirelles, uma das suspeitas a ser averiguada é se a placa de um aparelho utilizado durante o parto provocou as queimaduras na jovem. "Nas cesarianas é utilizado o bisturi elétrico e usamos uma placa com o intuito de não provocar choque na paciente. Isso é usado como rotina e temos uma suspeita que pode ter sido isso. É o mesmo aparelho que no dia foi usado outras duas vezes anteriores", ressaltou Meirelles.

O responsável pelo departamento destaca ainda que outras hipóteses foram levantadas. "Pode ser também o contato com o metal da mesa. Estamos investigando por meio desta sindicância", pontuou o médico. Segundo Meirelles, esta foi a primeira situação desta natureza registrada na unidade hospitalar que, mensalmente, realiza em média 90 cesarianas e 150 partos normais.

Segundo Meirelles, o Hospital Geral Universário acompanhará a recuperação da paciente. Na tarde desta quinta-feira (06), Gilmara Divina Medeiros Santana foi submetida a uma primeira avaliação médica após ter deixado o hospital com a perna queimada. "Agora, são duas preocupações. Dar assistência e a sindicância", complementou o médico.

grávida queimada (Foto: Leandro J. Nascimento/G1)
Grávida sofreu queimaduras na perna durante o parto. (Foto: Leandro J. Nascimento/G1)



Falta de assistência

A família da jovem questionou a falta de informações do hospital acerca do ocorrido. Sobre a acusação, o responsável pelo setor de obstetrícia diz que a família não foi informada sobre o que provocou as queimaduras em Gilmara porque o próprio hospital não dispunha de detalhes do caso.
"Ficamos supreso [com o ocorrido] porque nunca tinha acontecido antes. Ficamos naquela suspeita de se foi queimadura, reação alérgica ao iodo [usado no parto]", complementou.

Apuração
A sindicância prevista para ser encerrada em até 30 dias pode definir se houve imperícia ou negligência por parte dos profissionais que participaram da cirurgia de Gilmara. "A primeira coisa é confirmar. Passaremos as informações para as chefias para rever os protocolocos [que serão adotados]", concluiu





Fonte: Do G1 MT

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