Segundo Meirelles, uma das suspeitas a ser averiguada é se a placa de um aparelho utilizado durante o parto provocou as queimaduras na jovem. "Nas cesarianas é utilizado o bisturi elétrico e usamos uma placa com o intuito de não provocar choque na paciente. Isso é usado como rotina e temos uma suspeita que pode ter sido isso. É o mesmo aparelho que no dia foi usado outras duas vezes anteriores", ressaltou Meirelles.
O responsável pelo departamento destaca ainda que outras hipóteses foram levantadas. "Pode ser também o contato com o metal da mesa. Estamos investigando por meio desta sindicância", pontuou o médico. Segundo Meirelles, esta foi a primeira situação desta natureza registrada na unidade hospitalar que, mensalmente, realiza em média 90 cesarianas e 150 partos normais.
Segundo Meirelles, o Hospital Geral Universário acompanhará a recuperação da paciente. Na tarde desta quinta-feira (06), Gilmara Divina Medeiros Santana foi submetida a uma primeira avaliação médica após ter deixado o hospital com a perna queimada. "Agora, são duas preocupações. Dar assistência e a sindicância", complementou o médico.
Grávida sofreu queimaduras na perna durante o parto. (Foto: Leandro J. Nascimento/G1)
Falta de assistência
A família da jovem questionou a falta de informações do hospital acerca do ocorrido. Sobre a acusação, o responsável pelo setor de obstetrícia diz que a família não foi informada sobre o que provocou as queimaduras em Gilmara porque o próprio hospital não dispunha de detalhes do caso.
"Ficamos supreso [com o ocorrido] porque nunca tinha acontecido antes. Ficamos naquela suspeita de se foi queimadura, reação alérgica ao iodo [usado no parto]", complementou.
Apuração
A sindicância prevista para ser encerrada em até 30 dias pode definir se houve imperícia ou negligência por parte dos profissionais que participaram da cirurgia de Gilmara. "A primeira coisa é confirmar. Passaremos as informações para as chefias para rever os protocolocos [que serão adotados]", concluiu
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