A Polícia Civil de Minas Gerais apresentou, na manhã desta sexta-feira, dois suspeitos de integrar o braço da facção criminosa de São Paulo, conhecida como Primeiro Comando da Capital (PCC), em Minas Gerais. Bruno Rodrigues de Souza, o Quen-Quen, e Ângelo Gonçalves de Miranda Filho, o Pezão, faziam parte de uma lista dos 12 criminosos mais procurados no Estado.
Segundo a polícia, Pezão seria o principal chefe da quadrilha em Minas e comandava um esquema de venda de drogas na região norte da capital e cidades da região metropolitana, além de distribuir entorpecentes nas cidades de Teófilo Otoni e Ribeirão Preto, interior de São Paulo.
Já Quen-quen estava sendo procurado pela polícia desde o dia 11 de agosto deste ano, quando teria assassinado um policial civil com 11 tiros em uma avenida na região norte de Belo Horizonte. De acordo com a polícia, ele é suspeito de pelo menos 10 homicídios na região.
Segundo o delegado Edson Moreira, chefe das investigações, Bruno seria a pessoa indicada para ser o matador da quadrilha. "Quando encontramos ele, pensávamos que ele estaria cheio de disposição. Ele disse que só se entregaria morto. Mas não foi isso que aconteceu. Ele teve um tipo de acovardamento", disse o delegado.
A operação denominada Mangusto, que faz alusão ao animal que devora cobras, conseguiu localizar Quen-Quen em uma residência na última quarta-feira, (5), na cidade de Praia Grande, litoral de São Paulo. Pezão também foi encontrado na cidade no dia anterior. Com os dois, os policiais ainda apreenderam um fuzil AR-15, uma pistola 9 mm, um revólver calibre 38 e diversas munições.
A polícia ainda procura o outro líder da organização criminosa. Segundo a delegada Alessandra Wilke, que participou das investigações, Claudiney Rodrigues de Souza, conhecido como Claudio Boy, é procurado em São Paulo. "Nós vamos continuar com as investigações para encontrar o Claudiney. Precisamos dar o golpe para acabar com essa ramificação do PCC em Minas Gerais", avisou.
Ainda de acordo com a delegada, a quadrilha ainda é constituída por mais de 50 criminosos. "Com certeza foi um golpe duro e cruel nessa ramificação do PCC em Minas Gerais", disse. A apresentação ainda contou com a presença do Secretário de Defesa Social de Minas Gerais (Seds), Lafayette Andrada.
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