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Economia
Sexta - 07 de Outubro de 2011 às 15:02

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O Brasil precisa fazer ao menos 23 milhões de imóveis pelos próximos 20 anos para atender toda a procura dos consumidores pela casa própria. Esse é o número do déficit habitacional estimado pela secretária nacional de Habitação, Inês Magalhães.

Nos próximos quatro anos, o número de novas unidades destinadas às populações de baixa renda chegará a dois milhões, com gastos de R$ 105 bilhões para as construções.

O Programa Minha Casa, Minha Vida vai entregar até o final deste ano mais 120 mil moradias em todo o país. Até dezembro do ano passado, na primeira etapa do programa, foram totalizadas as contratações para a construção de um milhão de imóveis.

Após estagnação de mais de uma década, entre os anos 1980 e 1990, o setor habitacional vive um ritmo de crescimento nunca visto no país. Famílias de baixa renda têm conseguido comprar a casa própria e passaram a ser o principal foco do programa do governo.

Em entrevista ao R7, o presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda, afirmou que o problema é conseguir investimentos pesados para o setor, já que o público mais afetado pela falta de lares é justamente o que mais precisa dos subsídios do governo.

- Para zerar o déficit e produzir o número de moradias de que o país precisa em razão do surgimento de novas famílias, é preciso que se tenha um investimento de 20 anos. Da noite para o dia não dá para fazer 1,5 milhão de moradias. Só se consegue isso mantendo o investimento e fazendo ele crescer.

Segundo ela, as mulheres que são chefes de família vão poder ser responsáveis, na Caixa Econômica Federal, pelo financiamento da moradia, sem necessidade de comprovar a situação civil. Elas receberão a titulação do imóvel ao término da construção.

- Muitas vezes acontece de o ex-companheiro estar em outro lugar, de ela já ter firmado outra união e não estar com sua situação legalizada.

De acordo com o Ministério das Cidades, 94% dos contratos feitos até agora para a faixa de renda até R$ 1.350 por mês foram assinados por mulheres.

De acordo com Inês Magalhães, o governo tem se preocupado em reforçar a rede de proteção social para as famílias que são alvo do Minha Casa, Minha Vida, e utiliza o Cadastro Único dos Programas Sociais para cruzar informações, procurando coibir distorções.

A secretária também destacou que as obras do programa vêm favorecendo a geração de empregos para a mulher na construção civil.

- Elas estão cada vez mais presentes na mão de obra de acabamento e contam com cursos estimulados pela Câmara Brasileira da Construção Civil e outras entidades que oferecem qualificação profissional.






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