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Polícia Brasil
Sexta - 07 de Outubro de 2011 às 13:22

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A Polícia Civil do Distrito Federal deu início na manhã desta sexta-feira (7) a uma operação para investigar suposta cobrança de R$ 800 mil em propina praticada por funcionários da Secretaria de Transportes contra uma cooperativa de micro-onibus do Gama. A cobrança teria ocorrido entre o final de 2008 e início de 2009. Segundo a polícia, três pessoas foram presas e duas estão foragidas.

Foram expedidos 16 mandados de busca e apreensão e cinco mandados de prisão temporária, dos quais três foram cumpridos pelos agentes da Divisão Especial de Repressão ao Crime Organizado (Deco). A operação foi batizada de Regin, em referência ao “anão da ganância da mitologia nórdica”, informou a polícia.

Os presos na operação foram os ex-servidores da secretaria Josenildo Batista da Silva, José Estelito e  Adevando Pereira da Silva. Segundo a polícia, o ex-secretário adjunto de Transportes Júlio Urnau e o ex-assessor especial de governo na gestão do ex-governador José Roberto Arruda José Geraldo Oliveira de Melo estão estão foragidos.

De acordo com a investigação, a suposta cobrança de propina teria sido feita contra a Cooperativa dos Profissionais do Transporte Alternativo do Gama para que ela pudesse operar 50 micro-onibus, apesar de a entidade ter ganhado licitação para operar no sistema de transporte.

O diretor administrativo da cooperativa, Hertes Sousa, disse que não sabia da investigação e que estava “surpreso” com o caso. Ele disse que foi de “livre e espontânea vontade” para a delegacia prestar esclarecimentos. Ele disse não saber do teor da investigação sobre suposta cobrança de propina.

De acordo com o depoimento de cooperados ouvidos pela polícia, Urnau e Melo teriam dito que o ex-secretário de Transportes Alberto Fraga exigia R$ 600 mil para que a cooperativa pudesse colocar os ônibus nas ruas.

Ao final, o pagamento total teria chegado a R$ 800 mil. A liberação para a cooperativa trabalhar só teria sido assinada por Fraga após o pagamento, segundo a polícia.

O ex-secretário nega as acusações. Segundo Alberto Fraga, quando soube da suposta cobrança de propina, ele afastou os auxiliares. Fraga disse ter deposto há cerca de 90 dias sobre investigações sobre supostas irregularidades na secretaria no período em que comandava a pasta. Fraga informou que não foi realizada operação de busca e apreensão na casa dele nesta sexta.





Fonte: Do G1 DF

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