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Nacional
Quinta - 06 de Outubro de 2011 às 17:22

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Mario Palhares/AE

Quase a metade dos moradores da RMSP (região metropolitana de São Paulo) é formada por migrantes, segundo último balanço do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), divulgado na tarde desta quinta-feira (6). Dos 19 milhões de habitantes, 45% deles vieram de outros estados para viver em uma das 39 cidades que engloba a macroárea.

Bahia é o Estado com maior número de residentes na região metropolitana de São Paulo. Esse grupo representa 11% da população (901.195 mil migrantes). Em seguida, vem Minas Gerais, com 8% dos migrantes (524.1 mil habitantes). Já o grupo dos Estados Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas e Sergipe correspondem a 9% da população total da macroárea de São Paulo.

De acordo com o estudo do Ipea, a região Centro-Oeste, além de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Espírito Santo e Rio de Janeiro, compõe 3% da RMSP. Os paranaenses representam outros 4% da macroárea. O relatório também levou em conta a residência de estrangeiros (1%) na região metropolitana. Já os paulistas que vieram de outras cidades do Estado são quase 55% dos migrantes da Grande São Paulo.

O objetivo da pesquisa divulgada pelo Ipea era avaliar a inserção social do contingente de migrantes na região metropolitana de São Paulo, que concentra 10% de população do Brasil, e compará-la com a situação dos não-migrantes. Para isso, foi escolhida a parcela da população com 30 a 60 anos, pois, nessa idade, “a vida profissional das pessoas tende a estar mais definida”.

Além de São Paulo, o Distrito Federal é a região que concentra o maior contingente de migrantes. A capital do Brasil tem cerca de 75% de sua população adulta originária de outros estados ou países.

O caso do Distrito Federal, ainda de acordo com o estudo, é peculiar em dois sentidos. Por ser uma área criada há cerca de 50 anos, houve um forte incentivo migratório. O contingente de migrantes está superestimado em comparação aos das outras dez regiões metropolitanas porque se trata de uma cidade estado. Isso quer dizer que, quem não nasceu na cidade, também não nasceu no estado.

Nas demais regiões metropolitanas, os migrantes intraestaduais (aqueles que nasceram fora da RM, mas dentro do Estado), não foram considerados migrantes por causa “das limitações de dados do PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio). Por isso, São Paulo se situa como a região metropolitana que atrai com maior intensidade de pessoas de todas as regiões brasileiras, além de estrangeiros.

Escolaridade

O levantamento também levou em consideração o nível de escolaridade dos migrantes que vivem na região metropolitana de São Paulo. Os moradores que vieram a região Nordeste, em geral, são os que menos estudaram em comparação os migrantes de outras regiões. Cerca de 59% dos baianos, por exemplo, não concluíram o ensino fundamental. O mesmo acontece com 53% dos cearenses e 48% dos mineiros.

Já outros grupos de migrantes, composto por nascidos no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Espírito Santo , Rio de Janeiro e estados do Centro-Oeste, ultrapassam a média de escolaridade dos paulistas natos. Cerca de 27,1% dos migrantes desses Estados possuem nível superior completo contra 24% dos paulistas migrantes que terminaram a faculdade.





Fonte: Do R7

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