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Internacional
Quinta - 06 de Outubro de 2011 às 11:52

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Os duros combates registrados nesta quinta-feira na província setentrional de Idleb, na fronteira com a Turquia, entre o Exército sírio e supostos desertores causaram 12 mortos e dezenas de feridos na região de Jabal Zawiyah, informaram grupos opositores.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos detalhou que os mortos são sete soldados do Exército do presidente Bashar al Assad, e mais cinco pessoas, entre civis e desertores.

A organização acrescentou que soldados das forças de segurança e militares, apoiados por tanques, invadiram nesta manhã vários povoados da parte ocidental da região de Jabal Zawiyah, em Idleb, onde ocorreram as mortes.

Por sua vez, os chamados Comitês de Coordenação Local na Síria identificaram dois dos mortos na localidade de Lashkar-e-Jhangvi, na mesma região.

O presidente do Observatório, Rami Abdulrahman, disse à Agência Efe que as forças armadas fazem operações em Jabal Zawiyah em busca de militares dissidentes há dias e destacou que se trata de uma área montanhosa, local fácil de se esconder. Mais três pessoas morreram em um confronto entre as duas partes em Belshon, na mesma região.

O ativista deste grupo Hozam Ibrahim revelou que a operação do Exército sírio na região segue aberta e agora os militares se dirigem para outros povoados.

Ibrahim detalhou que há um forte desdobramento militar em Jabal Zawiyah, onde foram instalados postos de controle nas estradas, o que impede o movimento de refugiados e causou a deterioração da situação humanitária.

Ele explicou que Jabal Zawiyah é uma área montanhosa, onde os confrontos entre as forças pró-governo e os soldados desertores começaram há dois meses.

A maioria das deserções do Exército ocorreu em provinciais centrais de Homs e Hama, além de Idleb, três dos principais redutos dos protestos contra Assad, segundo Abdulrahman.

Nenhuma destas informações foi confirmada de forma independente devido às restrições impostas pelas autoridades sírias aos jornalistas para trabalhar.

Os protestos na Síria começaram em março e desde então a repressão do regime causou a morte de ao menos 2,9 mil pessoas, segundo dados das Nações Unidas.





Fonte: EFE

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