A situação está complicada há cerca de seis dias, período em que a unidade de saúde suspendeu os pronto-atendimentos. O aviso pregado na porta explica o motivo da unidade estar fechada: "Sem médico clínico de plantão".
Uma nota divulgada pela direção do hospital, que é gerido pela Santa Casa de Misericórdia, afirma que os médicos plantonistas não estão vinculados à instituição e que há dois meses eles estão sem receber honorários."Este convênio foi firmado há algum tempo entre a Santa Casa, o município, mediado pelo Ministério Público e vinha sendo repassado normalmente. Nos últimos dois meses, foi interrompido", conta Eusinio Lavigne, provedor da Santa Casa.
Com dores no estômago e soluçando muito, o mecanógrafo José Jairo Fonseca, de 77 anos, aguardava atendimento há quase uma hora no Hospital Geral Luís Viana Filho. Ele é mais um paciente que foi até o pronto atendimento do Hospital São José. "Eu não fui atendido lá hoje, não tinha médico. Não sabia que estava fechado", relata José sobre a surpresa.
Devido à falta de atendimento no São Bento, a procura no Hospital Geral Luís Viana Filho aumentou em 50%. O diretor geral do hospital, Jorge Avelar, afirma que cerca de 310 pessoas por dia têm procurado a unidade de saúde. "Fazemos a triagem para que os casos mais simples sejam orientados e encaminhados para atendimento básico ou para redes conveniadas ao hospital. Os casos de urgência e emergência estamos atendendo todos", diz.
O secretário de Saúde de Ilhéus, Uildson Nascimento, explica que o repasse para o pagamento dos médicos ainda aguarda a autorização do Conselho Municipal de Saúde. Segundo ele, os valores repassados à Santa Casa não estão sendo efetuado por conta de uma pendência legal. "Não existe renovação do contrato autorizado pelo Conselho. Nós estamos fazendo o convênio como plano operacional e vamos submeter ao Conselho para análise", diz.
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