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Saúde
Quarta - 05 de Outubro de 2011 às 22:59

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Uma pesquisa realizada pela equipe da Estratégia de Saúde da Família de Vila Velha em três escolas públicas do município revelou que a maioria dos adolescentes sabe a importância do uso da camisinha, mas não se protege durante as relações sexuais. 225 alunos, com idades entre 10 e 19 anos, foram entrevistados. 71% não usaram camisinha na primeira relação.

A pesquisa faz parte do projeto "Vencendo Preconceitos", a qual também indica que os cuidados para evitar doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e gravidez indesejada não fazem parte da rotina de todos os adolescentes. Entre os entrevistados, 45,88% admitem já ter feito sexo. Os dados mostram que 44,64% sempre usam camisinha, 42,86% utilizam com pouca frequência, 8,04% não gostam e 4,46% não lembram de usar.

O início da vida sexual também foi pesquisado. Entre os que têm vida sexual, 30,35% transaram pela primeira vez com 13 anos e 29,47% com 14 anos. Em 63,4% dos casos, a primeira relação sexual aconteceu com o namorado ou namorada. As questões respondidas pelos entrevistados também revelam que 78% dos estudantes não possuem parceiro fixo. Apesar de nem sempre se proteger, a maioria dos entrevistados tem acesso a preservativos. 41% pegam camisinha na unidade de saúde, 36% compram, 19% ganham e 4% não usam.

Segundo a coordenadora do trabalho, a enfermeira Élida Nunes, até outubro várias atividades serão desenvolvidas nessas escolas. "A intenção é incentivar a prevenção e a mudança de comportamento desses adolescentes, reduzindo os casos de gravidez e transmissão de doenças. Queremos incorporar a cultura da prevenção entre esses jovens", afirma.

Em uma escola do bairro Terra Vermelha, a pesquisa revelou que sete em cada dez adolescentes não usaram camisinha na primeira relação sexual e que 60% dos entrevistados tiveram a primeira relação com 13 ou 14 anos. Após a conclusão da pesquisa, uma equipe da Saúde da Família da unidade de saúde de Terra Vermelha começou um trabalho nas escolas da região. Os alunos são reunidos para discutir o assunto e receber orientação. Nesta unidade, estão sendo atendidas 115 mulheres gestantes. Desse total, 31 são adolescentes. Ou seja, 27%. A maioria das meninas não é casada e acaba criando o filho sozinha.






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