Em setembro, nove - de 17 capitais - registraram queda nos preços da cesta básica, segundo pesquisa divulgada nesta quarta-feira pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A maior queda registrada foi em Natal, com 6,17%. Já o custo da cesta básica de Porto Alegre foi o mais caro registrado no País no período: R$ 272,09.
João Pessoa e Aracaju aparecem em seguida como as cidades que mais tiveram quedas nos preços, com 2,85% e 2,19%, respectivamente. Outras cidades que registraram preços menores, mas com quedas menos significativas, foram: Fortaleza, Recife, Brasília, Rio de Janeiro, Curitiba e Salvador.
Já as cidades de Vitória, Belém, Florianópolis, São Paulo, Porto Alegre, Manaus, Belo Horizonte e Goiânia tiveram variações pequenas de aumento dos preços. Segundo a pesquisa, o custo da cesta básica em São Paulo em setembro foi de R$ 267,19.
Entre janeiro e setembro deste ano, apenas Natal (-6,29%), Goiânia (-1,34%), Fortaleza (-1,19%), Manaus (-1,06%) e Curitiba (-0,78%) apresentam variações acumuladas negativas nos preços. Já os maiores aumentos foram anotados em Florianópolis (9,32%), Porto Alegre (7,91%), Belo Horizonte (6,23%) e Aracaju (4,40%).
Nos últimos 12 meses, de outubro de 2010 a setembro deste ano, nenhuma capital teve variação acumulada negativa.
Com base nos custos de cesta básica, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima que o salário mínimo necessário em setembro seria de R$ 2.285,83, ou 4,19 vezes o atual (R$ 545). Em setembro de 2010, o mínimo era estimado de R$ 2.047,58, o que correspondia a 4,01 vezes o mínimo em vigor na época (R$ 510).
O Dieese calcula que um trabalhador com renda mensal de R$ 545 precisou trabalhar, em setembro, 93 horas e 58 minutos para comprar a cesta básica.
Em setembro, a relação entre o salário mínimo líquido (valor restante após os descontos da Previdência Social) e o custo da cesta dos alimentos é de 46,43% na média das capitais pesquisadas.
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