Conforme explica o tenente PM Joubelt Rafael Lopes Sacramento, os homens entraram no comércio por volta das 8h. Armados, renderam quatro pessoas. O proprietário foi agredido com uma coronhada do revólver na cabeça. "Eles pegaram as joias, os relógios. Na hora da fuga, os proprietários e funcionários conseguiram segurar um. O outro, no desespero, atirou duas vezes na empresa, mas ninguém se feriu", declarou o oficial, em entrevista ao G1.
O segundo suspeito foi detido por moradores da cidade a cerca de 300 metros do estabelecimento onde o assalto foi registrado. Ele foi agredido também, mas de acordo com a PM, a revolta popular não durou muito tempo porque a Polícia Militar conseguiu tirá-lo das ruas a tempo.
O proprietário da empresa, Lúcio Flávio da Silva, descreveu, ao G1, como foi a ação dentro da empresa. Ele contou que os momentos que anteceram o episódio foram de medo. "Estavámos todos com medo, deitados no chão", destacou. De acordo com a vítima, a reação dentro do estabelecimento começou quando um dos assaltantes ameaçou as pessoas de morte.
"Não tinham como nos amarrar e um deles [dos assaltantes] falou que iria nos "apagar". Na hora que ele começou a dar coronhada, começamos a luta e conseguimos imobilizá-lo", completou. Foi neste instante que, de acordo com a vítima, um dos suspeitos atirou duas vezes dentro da empresa. "O medo é mais psicológico do que material. Estavamos preocupados com nossa integridade", complementou o empresário Lúcio Flávio da Silva.
Agressão filmada
Imagens feitas pelo celular de um morador do município mostram o momento em que um dos assaltantes da relojoaria foi cercado por populares. Ensanguentado por ter sido agredido, o rapaz não esboça reação enquanto, no chão, aguardava a chegada a polícia. Revoltado, um homem acerta o suspeito com um chute na cabeça.
A agressão é interrompida por uma equipe da Polícia Militar que chega ao local. Apesar da contribuição dos moradores em prender o suspeito, a PM diz ser perigosa a prática de reagir aos assaltos. "A polícia orienta a não fazer este tipo de prática. O máximo é ficar seguindo de longe, não tentar resolver pelas próprias mãos. Se ele estivesse armado, poderia atirar", concluiu Sacramento.
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