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Cidades/Geral
Quarta - 09 de Outubro de 2013 às 16:57

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Os funcionários dos Correios votaram por suspender a greve em Mato Grosso, nesta quarta-feira (9), durante assembleia geral da categoria realizada em Cuiabá. A paralisação durou 23 dias e, conforme o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios no estado, os serviços devem ser retomados a partir dessa quinta-feira (10). Outras assembleias da categoria devem ser realizadas no interior e cada cidade deverá decidir individualmente sobre acatar ou não as determinações do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que determinou o fim da greve.

O secretário geral do sindicato, Sílvio Bueno, disse que o retorno das atividades irá depender de como os Correios irão se posicionar após o encerramento da paralisação. “Muitas vezes nós voltamos ao trabalhos e ocorrem trocas de setor, de funções e até mesmo pressão sobre os trabalhadores. Podemos voltar com a greve a qualquer momento se isso acontecer”, ponderou.

A categoria optou por atender a todas as determinações impostas pelo Tribunal Superior do Trabalho e devem intensificar as atividades para compensar o período em greve. Os funcionários terão que cumprir duas horas a mais por dia, de segunda a sexta, durante seis meses, segundo decisão da Justiça.

A proposta do TST definiu que os funcionários receberão reajuste de 8% para o salário e 6,27% de aumento para o vale. Porém, a categoria cobrava 15% de aumento real no salário, mais reposição da inflação entre agosto de 2012 e julho deste ano, reposição das perdas salariais desde o plano real. E que o mesmo reajuste salarial se estendesse para o vale alimentação.

Outra reivindicação dos trabalhadores era sobre o plano de saúde. Os empregados têm um plano administrado pela empresa e qualquer alteração só pode ser feita por comissão de trabalhadores e dos Correios. Eles alegavam que a empresa tentava criar brecha para passar a administração do plano para uma empresa privada. O tribunal disse que a regra deve ficar como está, ou seja, qualquer mudança deve ter o aval dos trabalhadores.

Segundo a assessoria de imprensa da estatal, 91% dos funcionários no estado trabalharam normalmente. Na contramão, o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios alega que 650 dos 1.670 contratados aderiram à greve nacional.

Atrasos
Por conta da paralisação, cerca de 200 mil correspondências devem sofrer atrasos na entrega, em Mato Grosso. Para reduzir o atraso na entrega de cartas e encomendas, a empresa fez um mutirão neste final de semana, em Várzea Grande, região metropolitana, quando foram distribuídas 125 mil correspondências. Segundo os Correios, as correspondências urgentes estão com a distribuição em dia.





Fonte: Do G1 MT

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