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Agronegócios
Quarta - 05 de Outubro de 2011 às 03:13

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A multinacional ADM, a maior exportadora de farelo de soja do Brasil, ampliará em 50 por cento a capacidade de esmagamento da oleaginosa na unidade de Santa Catarina, num momento em que se prepara para inaugurar em 2012 uma fábrica de biodiesel anexa, disse o diretor de Processamento da empresa no Brasil. A unidade de Joaçaba, com processamento de 1.200 toneladas de soja por dia, é uma das quatro que a empresa com sede nos EUA tem no Brasil, onde a companhia também é a segunda maior processadora da oleaginosa. "Já aprovamos os investimentos para esmagar 1.800 (toneladas/dia em Joaçaba)", declarou à Reuters Alex Maccioni, diretor de Processamento de Grãos da ADM do Brasil, que nesta semana participa do 2o Ciclo de Debates sobre Agricultura Familiar, promovido pela companhia no Sul do país. Ele não deu detalhes sobre o investimento na fábrica, comprada pela ADM da Sadia em 1998. Naquela época, a unidade tinha capacidade para processar 600 toneladas por dia. "Agora, a intenção é comprar a maioria da soja em Santa Catarina, mas sem dúvida compraremos de outros Estados para atender a essa unidade", acrescentou Maccioni, que se reuniu com agricultores de cidades do Paraná e Santa Catarina, em setembro, e nesta semana se encontra com produtores dos municípios gaúchos de Tenente Portela, Pinhal Grande, Nova Palma, São Luiz Gonzaga, Tucunduva, Campo Novo e Três de Maio. As palestras junto a agricultores familiares fazem parte de uma estratégia global da ADM de ganhar espaço na originação e também de diversificar o portfólio de produtos. A ADM iniciou suas operações no Brasil em 1997, e atualmente é o segundo maior exportador de soja em grão do Brasil, figurando também como a quinta maior companhia exportadora da economia do país. A empresa hoje opera mais de 40 silos de grãos, uma fábrica de biodiesel em Rondonópolis (MT), uma planta de processamento de cacau em Ilhéus (BA), cinco misturadoras de fertilizantes, além das unidades de esmagamento de soja. A fábrica de biodiesel em Rondonópolis, com capacidade de produzir cerca de 320 mil toneladas do biocombustível por ano, continuará sendo a maior do Brasil. A unidade anexa à processadora em Joaçaba terá capacidade para cerca de 160 mil toneladas/ano. Segundo o executivo, cerca de 30 por cento do volume de soja comprada para a produção de biodiesel da ADM vem da agricultura familiar. "Para nós, estrategicamente é um bom lugar para ter biodiesel", afirmou Maccioni, lembrando que após o esmagamento da soja haverá uma maior oferta de farelo, utilizada pela indústria de carnes, uma das forças da economia catarinense, que hoje é importadora líquida do farelo que consome.

PROJETO DE PALMA - Outra aposta da ADM na agricultura familiar, que hoje produz cerca de 60-70 por cento dos alimentos consumidos no Brasil, é a produção de palma no Pará. Na região de São Domingos do Capim, a cerca de 140 km de Belém, a empresa tem trabalhado com cerca de 600 famílias, em uma área de 6 mil hectares para fomentar o plantio de palma, para depois abrir uma unidade processadora. Segundo a ADM, a unidade processadora deverá começar a funcionar em 2016, e a capacidade de processamento deverá depender do sucesso do projeto de plantio. A fábrica poderá produzir óleo para biodiesel, indústria alimentícia ou cosmética/farmacêutica. "Dependerá do mercado."





Fonte: Reuters

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