A sugestão do fechamento, caso esgotadas as tentativas diplomáticas, foi do deputado Emanuel Pinheiro (PR)
CDL apóia fechamento do consulado boliviano em Mato Grosso
Diretores da Câmara de Dirigentes Lojistas de Mato Grosso (CDL), declararam na noite desta segunda-feira (03), apoio ao presidente da Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Amparo a Criança, ao Adolescente e ao Idoso, deputado estadual Emanuel Pinheiro (PR), que se manifestou contrário a Lei n° 133 do governo boliviano que legaliza carros roubados que circulam no País.
“Trouxe aqui um assunto palpitante que tem tirado a paz da sociedade mato-grossense. O governo da Bolívia está consagrando Mato Grosso “corredor da droga” com a aprovação da irresponsável lei boliviana n° 133 que legaliza carros roubados aqui e levados para lá”, frisou no início da palestra.
Segundo o parlamentar, depois de oito anos de mandato, retornou a Assembleia Legislativa (AL), atuando como presidente da Comissão de Direitos Humanos. “Como cidadão, pai, representante do povo e presidente desta comissão decidi mergulhar nos problemas sociais. Estamos perdendo para as drogas, podemos dizer que a droga é o mal do século XXI, é o câncer que tem dilacerado famílias. Não conseguimos democratizar a educação, saúde, segurança, porém, conseguiram democratizar a droga. Isso é revoltante. Por isso abracei de corpo e alma essa bandeira e vou lutar contra o desrespeito do Presidente da Bolívia, Evo Morales, que simplesmente nos ignoram”, esbravejou Pinheiro.
De acordo com o deputado é humanamente impossível minimizar o mal do século “a droga” se o governo boliviano não voltar atrás, revogando a lei. “Se diplomaticamente não for revogada essa lei, sugiro o fechamento do consulado boliviano em Mato Grosso”, ressaltou.
Emanuel Pinheiro falou aos diretores que mesmo com o trabalho de prevenção e repressão, são nulas as chances de ao menos minimizar o problema, enquanto que, o presidente Evo Morales continua patrocinando com essa lei absurda o narcotráfico, as drogas, violência, roubos de veículos e a insegurança da população mato-grossense.
“Dos 27 estados da federação, Mato Grosso é o mais prejudicado, com 720 quilômetros de fronteira seca e cerca de 240 de fronteira alagada, com o país vizinho. Aqui é considerado “corredor” para entrada e saída das drogas”, salientou.
O deputado republicano vai reunir no dia 19 de outubro, um dia antes da reunião com a Comissão de Relações Exteriores, com deputados de vários estados do País, que fazem parte da Frente Parlamentar Nacional de Direitos Humanos, para unir forças e mostrar que o “bom relacionamento diplomático” com a Bolívia é apenas uma cortina de fumaça, que engana com a falsa sensação de união, reciprocidade e diplomacia.
O Presidente da CDL, Paulo Gasparoto, parabenizou o deputado pela atuação na AL. “Fico feliz quando tenho a satisfação de vê-lo na tribuna da Assembleia defendendo os interesses da sociedade. Vejo você como um parlamentar centrado em contemplar a população do seu Estado”, discursou Gasparoto.
Paulo disse que as portas da CDL estão abertas para Emanuel Pinheiro sempre que necessário. “Não temos que nos furtar em defender os interesses da nossa gente. E o nosso apoio, deputado Emanuel, não é em troca de nenhum interesse pessoal”, elencou Paulo Gasparoto.
“Quero parabenizar o deputado. Essa luta pode resgatar a dignidade humana, perdida com a aprovação da lei do presidente Evo Morales, e o silêncio do governo brasileiro”, pontuou o vice-presidente da CDL, Célio Fernandes.
Luiz Antônio, além do fechamento do consulado boliviano no Estado, sugeriu o corte de energia de San Mathias, na Bolívia, que segundo ele, é fornecida pela Rede Cemat.
Já José Maluf propôs que assim como os bolivianos fecharam a fronteira com Corumbá, Mato Grosso do Sul, para protestar os altos impostos pagos para legalizar os carros roubados, que os mato-grossenses também fechem as fronteiras em manifesto à covarde lei de Evo Morales.
Paulo Gasparoto, disse que vai formalizar o apoio da CDL em ofício e confirmou que um dos diretores vai acompanhar o presidente da Comissão de Direitos Humanos , dia 20 de outubro no Senado Federal, na audiência pública, realizada pela Comissão de Relações Exteriores, em Brasília.
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