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Policia MT
Quarta - 01 de Janeiro de 2014 às 11:34
Por: JOANICE DE DEUS

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Maior cidade do interior de Mato Grosso, Rondonópolis está vivendo uma onda de violência sem precedentes nos últimos anos. Enquanto em 2011, houve 64 assassinatos, o que dá uma média de 5,33 por mês, de janeiro a novembro deste ano já foram 99, o que dá uma média mensal de nove homicídios por mês. O aumento em relação a 2011 é de 68%. Em 2012, foram 96 mortes, conforme dados da Polícia Civil. 


 
A julgar pelos números até novembro, a taxa de homicídios em Rondonópolis terminará 2013 em alarmantes 51 homicídios para cada grupo de 100 mil habitantes. O dobro da taxa brasileira em 2012, que foi de 26,3 por 100 mil, número já considerado muito elevado. 


 
Presidente do Conselho Municipal de Segurança da cidade, o defensor público Valdemir Pereira reconhece que a população está alarmada com a incidência de violência, inclusive em relação a outros tipos de crimes como furto e roubo, que até novembro deste ano foram registrados 2.873 casos na cidade. No mesmo período, ocorreram ainda três latrocínios, 88 tentativas de homicídios e 252 casos de tráfico ou uso de entorpecentes, além de outros crimes como lesão corporal e estupro. 


 
Pereira lembra que desde julho deste ano a diretoria da associação comercial tem mantido reuniões com representantes da área de segurança pública do Estado para discutir ações que reduzam ou amenizem o problema na cidade. 


 
“A população está assustada e espera uma reação, um choque por parte do sistema de segurança, como, por exemplo, a intensificar o número de blitzes”, comentou. 


 
Ao citar que cerca de 60 policiais militares que faziam a segurança no presídio Mata Grande estarão fazendo policiamento ostensivo nas ruas, Valdemir Pereira também considera imprescindível outras medidas para o controle da criminalidade. 


 
Entre elas, cita a reativação das 30 câmeras de videomonitoramento instaladas pelas vias públicas do município, mas que não estão funcionando. “São ferramentas essenciais para a segurança pública porque ajudam a inibir a ação criminosa e as investigações feitas pela polícia”, destacou. 


 
Outra ferramenta importante, conforme Pereira, é o uso das tornozeleiras eletrônicas pelos detentos que cumprem penas em regime semi-aberto, além do fortalecimento do Gabinete de Apoio à Segurança Pública. 


 
Comandante do Batalhão da Polícia Militar de Rondonópolis, o major Fernando Augustinho afirma que a instituição tem intensificado e realizado operações, barreiras e blitzes por toda a cidade. “A população tem visto que os policiais estão nas ruas”, afirmou. 


 
O resultado, segundo ele, tem sido a prisão em flagrante de autores dos crimes. 





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