CRP/18 MT apoia movimento contra OSS no PS de Várzea Grande
O descaso do Poder Público com a saúde de Várzea Grande motivou uma manifestação na sexta-feira passada (30), em frente à prefeitura, organizada pelo Comitê em Defesa do Sistema Único de Saúde (SUS). O ato protestou contra a proposta de repassar a administração do Pronto Socorro do município às Organizações Sociais de Saúde (OSS), a exemplo do que ocorreu no Estado. O Conselho Regional de Psicologia da 18ª Região de Mato Grosso (CRP/18 MT) apoia o movimento.
Segundo a presidente do Conselho, Maria Aparecida Fernandes, o problema não é falta de gestão por parte do Pronto Socorro, mas o não repasse dos recursos à fundação que gere a instituição. “A defesa do SUS é a prioridade de todos os profissionais da saúde pública, se ele não funciona é pelo descaso dos gestores que não repassam os recursos. Por isso, somos contra a transição da administração do PS às OSS, acreditamos que o SUS deve ser gerido por profissionais concursados”, explicou.
Os manifestantes cobram da prefeitura R$ 6,5 milhões em repasses que estariam atrasados. Os débitos se referem ao ano de 2009, uma vez que o contrato foi encerrado em maio deste ano. Atualmente, a unidade atende 600 pessoas por dia. Mesmo com três salas fechadas, são realizadas na única em funcionamento 140 cirurgias mensalmente, segundo o diretor clínico do Pronto Socorro de Várzea Grande, Glen Arruda.
A reforma no PS, de mais de quatro anos, agora está parada. A capacidade de atendimento e de realização de cirurgias diminuíram consideravelmente, e há casos em que os próprios médicos e demais funcionários compram medicamentos e material com o próprio dinheiro.
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