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Economia
Terça - 04 de Outubro de 2011 às 14:33
Por: Denise Abarca

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O preço médio do etanol encerrou o mês de setembro em forte alta de 3,40% nos postos da capital paulista, segundo levantamento realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), por meio do Índice de Preços ao Consumidor (IPC). Em agosto, o valor médio do combustível havia apresentado alta de 0,92%. O etanol figurou no quinto lugar no ranking de aumentos dos itens que mais contribuíram para o IPC, com participação de 0,02 ponto porcentual - ou 9,55%.

 

 

 

Quanto à gasolina, o combustível deixou o terreno negativo em que estava, mostrando aumento de 0,37% em setembro. Em agosto, havia apurado deflação de 0,11%.

 

Apesar do comportamento desfavorável dos dois combustíveis, o grupo Transportes apresentou desaceleração entre agosto e setembro, ao passar de 0,12% para 0,06%. No mesmo período de comparação, a taxa geral de inflação registrada pelo IPC da Fipe na cidade de São Paulo passou de 0,39% para 0,25%. Outros itens dentro de Transportes, em contrapartida, tiveram desempenho benigno, como aquisição de veículo (de 0,14% para -0,40%) e outras despesas com transportes (0,20% para 0,02%).

 

A expectativa do coordenador-adjunto do IPC-Fipe, Rafael Costa Lima, é de que os preços do etanol continuem avançando nas próximas semanas, por causa do período de entressafra e a despeito da queda da demanda pelo produto em razão dos preços elevados. Com isso, a expectativa é de que o grupo Transportes também ganhe força em outubro, fechando o mês com variação de 0,37%.

 

De acordo com o coordenador-adjunto, a redução da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre a gasolina, válida desde o dia 27 de setembro, não deve produzir efeito sobre o IPC. "A mudança foi muito pequena", alegou Costa Lima, argumentando ainda que o efeito da alteração na mistura de anidro na gasolina de 25% para 20% a partir de 1º de outubro é desfavorável sobre os preços no curto prazo. O governo baixou de R$ 0,23 por litro para R$ 0,19 por litro a Cide sobre a gasolina.

Etanol x Gasolina

 

A relação entre o valor médio do etanol e o preço médio da gasolina atingiu o pico dos últimos cinco meses em setembro em São Paulo, ultrapassando a marca de 70%, ao ficar em 70,83%. Em agosto, esta relação estava em 68,75%. Em 2011, o resultado de setembro é o mais alto desde abril, quando a relação alcançava 80,80% - o pico do ano até agora.

 

Segundo especialistas, o uso do etanol deixa de ser vantajoso em relação à gasolina quando o preço do derivado da cana-de-açúcar representa mais de 70% do valor da gasolina. A vantagem é calculada considerando que o poder calorífico do motor ao etanol é de 70% do poder dos motores a gasolina.

 

A relação entre o etanol e a gasolina apurada pela Fipe levou em conta o comportamento dos preços dos combustíveis no período de 30 dias encerrado no último dia de setembro. No mês passado, com base no levantamento do IPC, o valor médio do etanol subiu 3,40%, enquanto o preço médio da gasolina mostrou avanço de 0,37% nos postos da cidade de São Paulo.

 

Em outro tipo de levantamento feito pela Fipe, que leva em conta a relação entre o etanol e a gasolina semanalmente, a Fipe informou que a relação entre o preço médio do etanol e o valor médio da gasolina alcançou o nível de 70,59% na quarta semana de setembro, ante 70,82%% na terceira semana do mês, e 69,64% na quarta semana de agosto, na cidade de São Paulo






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