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Economia
Terça - 04 de Outubro de 2011 às 07:55
Por: MARIANNA PERES

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Trabalhadores têm a chance de inserção ou de reinserção no mercado formal a partir de agora
Trabalhadores têm a chance de inserção ou de reinserção no mercado formal a partir de agora
Empresas do segmento de comércio e serviços abriram o período de contratações temporárias para reforçar as vendas de final de ano. De acordo com estimativas da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Mato Grosso (Fecomércio/MT), a oferta deverá crescer 5% em relação ao realizado em 2010, quando 8.040 postos foram preenchidos. Se o volume for confirmado, serão 400 novas oportunidades no mercado formal, totalizando neste ano 8.440 mil contratações.

Dentro deste contingente de novos trabalhadores, cerca de 50% deles serão absorvidos em Cuiabá e Várzea Grande, cidades que mais demandam mão-de-obra. No país, 150 mil vagas deverão ser abertas no período, em todos os segmentos da economia, porém, a maior parte das oportunidades estará sendo ofertada pelo comércio.

Tradicionalmente, a largada é dada no mês de outubro, quando boa parte dos cargos disponibilizados começa a ser preenchido, principalmente em áreas distintas do comércio como auxiliares de escritório, auxiliares de crediário e vendedores. Grandes redes varejistas, por exemplo, deram início aos treinamentos ainda em setembro e neste mês os novos contratados já estão na linha de frente, executando as funções para as quais foram recrutados.

Como explica o 3º vice-presidente da Fecomércio/MT, Roberto Peron, outros cargos como os de empacotador, estoqueiro e seguranças, por exemplo, começam a ser preenchidos mais próximos a grande data do ano (dezembro), a partir de novembro. O prazo máximo de duração do contrato de mão-de-obra temporária é de três meses e pode ser prorrogado por mais três meses somente uma vez, conforme a Lei 6019/74. O trabalhador temporário se caracteriza por condição transitória de substituição de pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário.

Peron destaca que este período, em geral de três meses, é um momento especial para muitos trabalhadores, sejam eles com ou sem qualquer experiência no segmento, pois por meio dessas vagas há oportunidades de reinserção para os desempregados, como também, de entrada no mercado formal. “Cerca de 25% a 30% dos postos temporários estarão voltados para o primeiro emprego”. O melhor caminho para a inserção deste grupo, segundo Peron, é a busca de informações com os lojistas, ir pessoalmente saber das vagas e também, as indicações. “Se alguém conhece um comerciário, fica mais fácil”. No caso de pessoas que buscam a reinserção, o Sistema Nacional de Empregos (Sine) e os cursos de qualificação são os caminhos mais curtos até a contratação.

Com relação à expectativa de efetivação desses trabalhadores, Peron – que também é lojista – conta que 30% dos temporários costumam ser admitidos em caráter mais permanente e que isso se dá pela boa vontade do próprio trabalhador. De acordo com a assessoria do grupo mato-grossense Avenida, se o funcionário demonstrar pró-atividade e desempenho adequado, tem grandes chances de ser efetivado pelo grupo. As contratações têm início em novembro.

META – Como explica Peron, o incremento de 5% no volume de contratações está calcado na estabilidade econômica do Brasil e é um número possível de ser atingido, mesmo com a turbulência que ronda a política global. “A geração de renda, por meio do aumento do poder aquisitivo da população, é uma realidade e é isso que vem mantendo o comércio”. Ele lembra que mesmo com as medidas um pouco mais severas tomadas pelo governo federal para conter uma possível expansão inflacionária, o comércio foi prejudicado. “Esse crescimento de 5% é um percentual real, ou seja, descontado a inflação”.

Questionado sobre as perspectivas de vendas para o final de ano, Peron diz não ter números para ilustrar as projeções, mas ele antecipa que uma alta de 100% da inflação é algo tido como certo.




Fonte: Do DC

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