A americana Amanda Knox foi absolvida pela corte de Perugia, na Itália, após ganhar o recurso de apelação contra as provas que a condenaram, em 2009, pela morte da britânica Meredith Kercher, 21 anos, ocorrida em 2007. Amanda, 24 anos, e seu ex-namorado, o italiano Raffaele Sollecito, 27 anos, foram inocentados nesta segunda-feira - ela havia sido sentenciada a 26 anos de prisão e ele, a 25. Meredith foi encontrada morta com um corte na garganta, na casa onde morava com a americana.
A audiência de segundo grau durou cerca de 10 horas. A portas fechadas, o júri considerou que as provas que condenaram Amanda Knox e Raffaele Sollecito - como o DNA da americana encontrado em uma faca - eram insuficientes. Amanda deixou a corte chorando após o anúncio de sua libertação.
Momentos depois, Deanna Knox, uma das irmãs da americana, fez um pronunciamento e agradeceu aos advogados que defenderam Amanda. Ela pediu que a privacidade da família seja respeitada a partir de agora.
Durante a audiência que determinou o futuro de Amanda, simpatizantes da americana se reuniram em frente à corte para defender a libertação da americana. Um homem levou uma boneca de Amanda com uma camiseta que dizia "All you need is love". A família de Meredith Kercher também acompanhou a audiência.
No decorrer do julgamento, promotores descreveram a americana como "uma bruxa" de dupla personalidade, com um lado "angelical, bom, misericordioso e de algumas formas até santo" e outro "demoníaco, satânico, diabólico". Já a defesa de Amanda a comparou à personagem Jessica Rabbit, do filme Uma Cilada para Roger Rabbit, dizendo que criou-se uma imagem de uma mulher calculista, libertina e aproveitadora para Knox, mas que na verdade ela era "fiel e amorosa". O advogado até usou uma frase do filme de animação: "(ela) não é má. Ela só foi desenhada assim."
Comentários