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Internacional
Domingo - 02 de Outubro de 2011 às 23:24

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O ex-presidente do Egito Hosni Mubarak não ordenou que o Exército atirasse contra os manifestantes durante o levante popular que o derrubou do poder, disse o principal general do país.

Field Marshal Mohamed Hussein Tantawi, ministro da Defesa de Mubarak durante 20 anos e agora líder do conselho militar, testemunhou no mês passado o julgamento do ex-presidente a portas fechadas.

“Não fomos pedidos para disparar contra as pessoas e nós nunca vamos usar o fogo”, disse Tantawi, citado pela oficial Agência de Notícias do Oriente Médio.

- Meu testemunho no caso do assassinato de manifestantes foi um testemunho da verdade de um homem honesto, que foi um combatente por 40 anos a serviço de Deus e do Egito.

Os comentários de Tantawi são a primeira indicação do que ele pode ter dito em seu testemunho, o qual, segundo alguns advogados, favoreceu Mubarak.

 

Apesar do bloqueio à imprensa na cobertura do julgamento, os comentários de Tantawi têm circulado na internet e advogados de defesa têm dado a sua avaliação, embora não tenham quebrado a ordem de silêncio, segurando detalhes.

Os manifestantes ficaram cada vez mais frustrados com o Exército, que foi chamado às ruas quando a polícia perdeu o controle, em 28 de janeiro.

Eles dizem que isso tem protegido o ex-comandante e que o uso de leis de emergência será revertido para as mesmas táticas usadas por Mubarak para sufocar a dissidência.

O Exército rejeitou as críticas e tem respondido às demandas de alterar a lei eleitoral, depois de os partidos políticos dizerem que a versão original teria permitido apoiadores de Mubarak a voltarem ao Parlamento.

Os advogados de defesa dizem que qualquer depoimento de Tantawi sobre o papel de Mubarak na tentativa de reprimir o levante de 18 dias, no qual cerca de 850 manifestantes foram mortos, poderia decidir o seu destino.




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