Maioria dos crimes, segundo a DHPP, é relacionada ao tráfico de drogas; depois, vêm os crimes passionais
Setembro acaba como o mês mais violento: 38 execuções

Com 38 assassinatos, o mês de setembro terminou como sendo o mais violento do ano na área Grande Cuiabá, até agora, superando os meses de março e julho, que encerraram com 37 execuções cada.

Do total, foram 33 homicídios, quatro latrocínios e uma lesão corporal seguida de morte, na área metropolitana da Capital.

O mês de agosto terminou com 30 execuções, sendo 23 homicídios, um aumento de 10 novas vítimas. Setembro do ano passado teve menos ocorrência – foramm 29 assassinatos, sendo a maior parte em Cuiabá. 

Para policiais da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), não existe uma explicação plausível para tantos assassinatos. E lembram que a maior parte está relacionada ao tráfico de drogas.

“Já se tornou rotina, nos locais de crime, sermos informados de que a vítima era usuária de drogas e quem a matou seria algum traficante ou alguém ligado a ele”, observou um policial plantonista.

A lista das motivações se completa com brigas em bares e, principalmente, crimes passionais. Neste último item, estão incluso crimes envolvendo casais homossexuais.

O crime “de mando” ou pistolagem também aparece em setembro. Na última quinta-feira (29), o empresário Luiz Antônio Dias do Santos, de 60 anos, foi executado por um pistoleiro no centro de Cuiabá, assim que saiu de um estacionamento onde havia deixado o sua picape Hilux. Ele era dono do Colégio Anglo.

Os policiais explicaram que, ao contrário de que muita gente imagina, os crimes passionais são mais fáceis de seresclarecidos, pois o suspeito é conhecido de muita gente. 

Pelos cálculos da Polícia Civil, os assassinatos investigados neste ano pela DHPP têm uma média de 80% de esclarecimento – entre indiciamento e prisões.

Isso significa que a maior parte dos crimes ligados ao tráfico de drogas é esclarecida pela Polícia.