Um relatório confidencial de especialistas feito para os líderes de governo dos países do Commonwealth, obtido pela Reuters, pede por amplas reformas ditas essenciais caso a organização exista para fazer a diferença em melhorar a vida de seu povo.
"Como é atualmente percebido, o Commonwealth está correndo perigo de perder sua relevância", disse o relatório de 204 páginas.
O Commonwealth inclui Grã-Bretanha, suas ex-colônias e alguns outros Estados com uma população total de 2 bilhões de pessoas.
O relatório feito pelo Grupo de Pessoas Eminentes, com 10 membros, foi autorizado pelos líderes do Commonwealth em 2009 e será uma questão chave em sua próxima conferência em Perth, na Austrália, de 28 a 30 de outubro, onde devem decidir se aceitam ou não suas recomendações.
O pedido dos especialistas de que o Commonwealth aja de maneira mais enérgica para defender os direitor humanos deve ser um divisor de opiniões.
Os membros ricos do grupo, tais como a Austrália, a Grã-Bretanha e o Canadá querem um foco mais intenso nos direitos humanos.
Porém, países em desenvolvimento como o Sri Lanka —sob forte pressão ocidental para investigar denúncias de crimes de guerra no fim de sua guerra contra os separatistas Tigres Tâmeis em 2009— rejeitam interferência externa.
O ministro de Relações Exteriores do Sri Lanka, G.L. Peiris, foi citado no site do Daily Mirror, nesta sexta-feira, dizendo que a pressão por um "papel punitivo" sobre os direitos humanos por alguns países do Commonwealth pode causar uma divisão na organização.
A proposta mais controversa dos especialistas é a de que o Commonwealth deve apontar um comissário para informar sobre "violações persistentes" da democracia, do cumprimento da lei e direitos humanos nos países membros e como responder a elas.
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