Por meio do acervo de Rodrigues, é possível contar a evolução da moeda vigente no país ao longo das últimas sete décadas. Exemplares de cruzeiro, cruzeiro novo, cruzeiro real, cruzado, cruzado novo e real são ordenadas por seus valores nominais. O aposentado, que mora com a família em Campo Grande, já possui mais de 20 tomos no acervo.
Mas quanto se paga por uma moeda antiga? José Rodrigues explica que seu valor varia de acordo com a raridade e o estado de conservação. "Uma cédula de R$ 5, como a que circula hoje, pode ser adquirida por R$ 20 ou até R$ 100 se estiver muito bem conservada. E pode chegar a R$ 1 mil se for uma flor de estampa, ou seja, nunca circulou e não tem dobras", afirma.
Cédula de dois cruzeiros, com número de série
000001 (Foto: Hélder Rafael/G1 MS)
Raridades
Há algumas semanas, José Rodrigues fez uma aquisição que considerou importante para a coleção. É a cédula de dois cruzeiros, com número de série 000001 e que circulou no país entre 1955 e 1965.
"A cada emissão, são 100 mil cédulas impressas. A moeda é mais rara quando é a primeira da série ou se pertence a um lote que teve pouca tiragem", explica. Exemplo de cédula rara porque teve vida útil curta é a "Baiana", de 50 mil cruzeiros reais, em vigor no país entre os anos de 1993 e 1994.
Segundo o aposentado, o objetivo de manter a coleção é difundir a numismática e levar ao público um pouco da história monetária do país. Rodrigues já publicou um livro sobre o assunto e prepara outra obra para ser publicada. "Tem gente que não conhece o passado das nossas moedas e, quando vê a coleção, não acredita que aquele dinheiro circulou no Brasil", comenta.
São mais de 20 tomos com cédulas e moedas catalogados pelo aposentado (Foto: Hélder Rafael/G1 MS)
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