Mulheres são presas pela PF e culpam maridos; cadeirante também é preso

Quatro mulheres foram presas na Operação Noturno, deflagrada pela Polícia Federal para cumprimento de ordens judiciais expedidas pela Justiça Federal na cidade de Cáceres, no Oeste de Mato Grosso. A ação tenta combater o tráfico internacional de drogas no Estado, principalmente na região de fronteira. Duas das mulheres presas disseram não ter relação com o crime e culparam seus respectivos maridos.

Uma das pessoas presas, já foi indiciada nos inquéritos das Operações Fronteira Branca e Sapiquá. Ele ainda cumpre pena em regime domiciliar. Ele teria morado na Bolívia durante 20 anos após assassinar um policial em Mato Grosso. Lá, levou um tiro que o deixou paralítico.

Até o momento, segundo balanço parcial divulgado pela assessoria da PF, 20 mandados de prisões já foram cumpridos. O maior número de prisões aconteceu na cidade de Cáceres: sete pessoas; outras cinco já estavam presas e receberam novos mandados de prisão.

Quatro prisões ocorreram em Cuiabá, sendo que dois já estavam presos no Presídio do Pascoal Ramos e receberam novos mandados de prisão. As outras prisões aconteceram em  Campo Novo dos Parecis, em Pinheiros, no Maranhão; e, em Viana, no Espírito Santos.

Ao todo, a Justiça Federal expediu mandados de prisão preventiva, seis mandados de prisão temporária e 38 mandados de busca e apreensão. Cerca de 160 policiais participam da operação, deflagrada em Mato Grosso e também nos estados de São Paulo, Espírito Santo e Maranhão.

A investigação, realizada pela Polícia Federal em Cáceres, durou cerca de um ano. O núcleo do grupo criminoso, embora residente em Cáceres, também atuava no tráfico em outras cidades de Mato Grosso e em outras Unidades da Federação, relacionando-se e/ou prestando apoio a outros grupos criminosos.

No decorrer da investigação foram lavrados seis autos de prisões em flagrante delito e apreendidos, aproximadamente, 390 kg de cocaína, além de material destinado à produção, preparação e transformação de drogas.