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Unidade do Bandeirantes só atende em meio período, com grades fechadas e informa não ter medicação. Clientes têm de peregrinar ao Cristo Rei
Usuário não consegue acessar ‘Popular’
Geraldo Tavares/DC
Portão da farmácia fica fechado a todo tempo; usuários vão pela manhã e mandam que voltem à tarde
A Farmácia Popular está passando por falta de remédios e de organização. Às 3 horas da tarde, no calor abafado de ontem, oito pessoas estavam “plantadas” em frente à porta da unidade, no bairro Bandeirantes. Os que acabavam de chegar ficavam paralisados lendo o cartaz que informava o não-funcionamento do local.
Algumas pessoas bateram na porta. Um atendente abriu, ao tempo em que fechou a grade de fora, como se fossem atacá-lo. Disse que não sabia de nada e que era para todos procurarem a Farmácia Popular do bairro Cristo Rei, em Várzea Grande. Porém, não garantiu que lá haveria medicamentos.
Em seguida, o homem fechou a porta do local, também de forma violenta. A maioria dos usuários do serviço já tinha ido até lá de manhã, quando foram informados de que deveriam voltar à tarde.
Maria de Fátima Souza, de 48 anos, moradora do bairro São Gonçalo, foi até a farmácia com sua vizinha. Ela tem problemas no coração e pode morrer sem medicamento. Segundo dona Maria, só os medicamentos “mais baratinhos” estão disponíveis. Ela estava com duas caixas de um remédio que tem o custo de R$ 7. As outras três medicações ela não conseguiu pegar, mesmo indo lá quase todo dia. Por conta da gravidade de seu problema, ela conseguiu, inclusive, o direito de pegar os medicamentos gratuitamente. Mas disse que num período de 5 anos deve ter conseguido em apenas três os medicamentos. “Dizem que não tem, que não chegou, que não tem no estoque”.
Dona Eugênia da Cruz, de 61 anos, do bairro Novo Terceiro, também foi até o local de carona com um vizinho, já que não pode andar. Ela está preocupada porque, de acordo com um funcionário do local, só poderia pegar o medicamento ontem. Caso contrário, sua receita venceria. “Agora, não sei como vai ficar”, disse ela. Eugênia fez cirurgia vascular e está com a perna bastante inchada. Para Eugênia, os administradores do local “acham que a gente é palhaço!”.
Na Farmácia Popular do Cristo Rei, em Várzea Grande, que é gerida pelo município, não há medicamento em falta. Uma funcionária disse, porém, que “se vier todo mundo de lá pra cá pode ser que falte”.
De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde, o problema da Farmácia Popular não é a falta de remédios. A SES explicou que a gestão da Farmácia está em processo de transferência do Estado para o município, conforme preconiza o Ministério da Saúde. Até que isso seja concretizado, deverá funcionar só meio período e por alguns dias ficará fechada. A assessoria de imprensa não sabe quantos funcionários trabalham no local, mas disse que são poucos, o que gera também dificuldade em atendimento. A SES informou que irá organizar a situação. Pediu desculpas pelo ocorrido ontem, mas solicitou que os usuários procurem outras unidades para conseguir os medicamentos.
Algumas pessoas bateram na porta. Um atendente abriu, ao tempo em que fechou a grade de fora, como se fossem atacá-lo. Disse que não sabia de nada e que era para todos procurarem a Farmácia Popular do bairro Cristo Rei, em Várzea Grande. Porém, não garantiu que lá haveria medicamentos.
Em seguida, o homem fechou a porta do local, também de forma violenta. A maioria dos usuários do serviço já tinha ido até lá de manhã, quando foram informados de que deveriam voltar à tarde.
Maria de Fátima Souza, de 48 anos, moradora do bairro São Gonçalo, foi até a farmácia com sua vizinha. Ela tem problemas no coração e pode morrer sem medicamento. Segundo dona Maria, só os medicamentos “mais baratinhos” estão disponíveis. Ela estava com duas caixas de um remédio que tem o custo de R$ 7. As outras três medicações ela não conseguiu pegar, mesmo indo lá quase todo dia. Por conta da gravidade de seu problema, ela conseguiu, inclusive, o direito de pegar os medicamentos gratuitamente. Mas disse que num período de 5 anos deve ter conseguido em apenas três os medicamentos. “Dizem que não tem, que não chegou, que não tem no estoque”.
Dona Eugênia da Cruz, de 61 anos, do bairro Novo Terceiro, também foi até o local de carona com um vizinho, já que não pode andar. Ela está preocupada porque, de acordo com um funcionário do local, só poderia pegar o medicamento ontem. Caso contrário, sua receita venceria. “Agora, não sei como vai ficar”, disse ela. Eugênia fez cirurgia vascular e está com a perna bastante inchada. Para Eugênia, os administradores do local “acham que a gente é palhaço!”.
Na Farmácia Popular do Cristo Rei, em Várzea Grande, que é gerida pelo município, não há medicamento em falta. Uma funcionária disse, porém, que “se vier todo mundo de lá pra cá pode ser que falte”.
De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde, o problema da Farmácia Popular não é a falta de remédios. A SES explicou que a gestão da Farmácia está em processo de transferência do Estado para o município, conforme preconiza o Ministério da Saúde. Até que isso seja concretizado, deverá funcionar só meio período e por alguns dias ficará fechada. A assessoria de imprensa não sabe quantos funcionários trabalham no local, mas disse que são poucos, o que gera também dificuldade em atendimento. A SES informou que irá organizar a situação. Pediu desculpas pelo ocorrido ontem, mas solicitou que os usuários procurem outras unidades para conseguir os medicamentos.
Fonte:
Do DC
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/74565/visualizar/
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