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Cidades/Geral
Quinta - 29 de Setembro de 2011 às 21:24

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A Copa do Mundo de Futebol deve movimentar R$ 142,39 bilhões adicionais no Brasil no período entre 2010 a 2014. Apenas no setor da construção civil, um dos mais impactados, deverá gerar o equivalente a R$ 8,14 bilhões a mais no mesmo período. O valor investido em obras de infraestrutura e de organização do País será de R$ 22,46 bilhões. A competição deverá injetar R$ 112,79 bilhões na economia brasileira, com a produção em cadeia de efeitos diretos, indiretos e induzidos.

Os dados fazem parte do estudo Copa do Mundo FIFA 2014: Mapa de Oportunidades para as Micro e Pequenas Empresas nas Cidades-sede, encomendado pelo Sebrae e executado em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV). O trabalho abrange nove setores da economia de atuação do Sebrae e tem como objetivo proporcionar um instrumento de auxílio na elaboração de planos de ação do Sebrae Nacional e das unidades estaduais no que diz respeito à realização do evento.

O coordenador do comitê técnico do Programa Nacional para Atuação do Sistema Sebrae na Copa de 2014, Dival Schmidt, ressalta que o trabalho termina no final de março e que de posse do mapeamento, o trabalho já desempenhado pelo Sebrae será intensificado. “A Copa é um acelerador e motivador, mas os processos são os mesmos, tecnologia, acesso a mercado, agregação de tecnologia”, ressalta, acrescentando que serão implementados diversos trabalhos de capacitação, encontros de negócio e participação em eventos como o Soccerex, maior feira de futebol do mundo, organizada pela empresa britânica Sport Global Management, cuja primeira edição ocorreu ano passado no Rio de Janeiro onde se repete até 2013.

Ele cita ainda eventos como o Seminário Internacional da Copa 2014, que ocorreu em Cuiabá em setembro do ano passado, como um exemplo bem sucedido para disseminar as informações e preparar os empresários dos pequenos e médios empreendimentos para que aproveitem, da melhor maneira, todas as oportunidades. “Nossos clientes precisam estar atentos a esse movimento para embarcar nele”. Segundo ele, no circuito Feira do Empreendedor, cuja edição de Mato Grosso será de 17 a 21 de agosto, no Centro de Eventos do Pantanal, também serão apresentadas as oportunidades geradas pela Copa do Mundo de 2014.

Capital - Os resultados do mapeamento no setor de construção civil em Cuiabá apontam que a informalidade de muitas micro e pequenas empresas (MPEs) e a carência de mão-de-obra especializada - pedreiro, marceneiro, engenheiro de projetos, por exemplo, são os dois grandes desafios do segmento.

Dival Schmidt, coordenador do comitê técnico do Programa Nacional para Atuação do Sistema Sebrae na Copa de 2014, afirma que estas informações serão usadas na busca de soluções para os problemas. Ele aponta os projetos Sebrae Mais e o Empreendedor Individual como caminhos para aprimorar a gestão das empresas e capacitar os profissionais. “Vamos trabalhar na criação de alianças com o Senai e escolas de gradução universitária para capacitação técnica e para ampliar o leque de oferta de engenheiros”.

De acordo com a pesquisa de campo, a capacitação da mão-de-obra é apontada como um grande legado a ser deixado pela Copa do Mundo de 2014, assim como a atenção à sustentabilidade na construção civil. O superintendente do Sebrae em Mato Grosso, José Guilherme Barbosa Ribeiro, destaca a importância de ser competitivo e inovador, mas lembra que fundamental seguir os princípios da sustentabilidade.

Outros gargalos citados para a contratação das MPEs são o prazo demandado e a documentação legal exigida. Mas o mapeamento aponta oportunidades para as MPEs em vários pontos do setor da construção civil. Na área de projetos e execução das obras de pequeno e médio porte, por exemplo, como restaurantes, que podem ser executadas pelas MPEs.

Até mesmo na execução das obras civis, que normalmente ficam sob responsabilidade de grandes empresas, foram detectadas oportunidades para os pequenos negócios, entre eles pintura, alvenaria, gesso, estoque, transporte de materiais de demolição.

Já no canteiro de obras, as MPEs podem aproveitar as chances do segundo nível da cadeia produtiva do setor em diante, prestando serviços a empresas maiores em atividades com grau de complexidade menor.

Empresas especializadas na prestação de serviços de assessoria, consultoria e treinamento nas áreas de segurança do trabalho, meio ambiente e saúde ocupacional poderão aproveitar as oportunidades surgidas em decorrência da Copa do Mundo FIFA 2014.

Outra área onde foram detectadas chances de atuação das MPEs é o fornecimento de insumos, especialmente os de menor volume necessários para atender demandas de complementação de materiais.

O trabalho de mapeamento dos 8 setores estará concluído em março e as informações serão tratadas e amplamente divulgadas para que as MPEs aproveitem todas as oportunidades e a Copa do Mundo da FIFA deixe, efetivamente, um legado de desenvolvimento para o Brasil.

As informações são da assessoria.





Fonte: PV

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