Intransigência dos sindicatos inviabiliza fim da greve dos Correios
Ao rejeitar a proposta de parcelamento do desconto dos dias parados, na presença do procurador do Trabalho e Coordenador Nacional de Liberdade Sindical (CONALIS), Ricardo Brito Pereira, que mediou as negociações nesta quarta-feira (28), a Fentect impediu o fim da greve dos Correios.
A empresa, que tomou a iniciativa de retomar o diálogo com a representação sindical — onde houve avanço e entendimento a respeito das cláusulas econômicas —, lamenta o fato dos representantes dos trabalhadores manterem o impasse sobre os dias parados, mesmo com a flexibilização da proposta, com o parcelamento do desconto sobre esses dias. A proposta prevê reajuste de 6,87% sobre salário e benefícios, aumento linear de R$ 80 a partir de janeiro de 2012 e abono imediato de R$ 500. A proposta representa aumento real de 9,9% no salário base inicial de agente de Correios.
“O Ministério Público do Trabalho acha razoável que o desconto fosse realizado em um prazo maior para que o trabalhador não sofra nenhum impacto. É possível fazer um acordo para resolver esse impasse, a fim de que a atividade se regularize o mais rápido possível”, afirmou o procurador.
Os Correios conclamam os trabalhadores parados a retornar às atividades para o bem da população brasileira e da empresa.
O índice de paralisação nacional manteve nesta quarta-feira o mesmo porcentual de ontem: em torno de 20%.
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