Governo reduz taxa para manter preço da gasolina
Governo reduziu alíquota da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), taxa que incide na importação e comercialização da gasolina. O valor caiu de R$ 230,00 metro cúbico para R$ 192,60 metro cúbico, conforme decreto publicado no Diário Oficial da União na terça-feira (27).
Em Mato Grosso, o proprietário do posto Santa Elisa, João Marcelo Borges, acredita que a medida não irá reduzir o preço da gasolina na bomba. Ele explica que a medida do governo teve o objetivo de evitar que a redução do álcool anidro na gasolina de 25% para 20% a partir de 1° de outubro, impactasse a inflação. “O governo já fez isso em anos anteriores, como em 2009”, lembra o proprietário.
A redução da Cide significa aproximadamente R$ 0,04 por litro, passando de R$ 0,23 para R$ 0,19 (por litro). A taxa é cobrada sobre a gasolina pura, ou seja, antes da mistura com o etanol. O proprietário diz ainda que a demanda por gasolina está grande no país, devido ao encarecimento do etanol. Mas com a medida, a gasolina pura, chamada de A, e que é mais cara do que o etanol, sobe de 75% para 80% e isso poderá acarretar no aumento da gasolina C, que é vendida nos postos.
O litro da gasolina no posto Santa Elisa está sendo vendido à R$ 2,89, e o proprietário explica que o valor é resultante da compra por R$ 2,51 da distribuidora. “Não há como fazer promoções no momento”.
O proprietário do posto Metropolitano, Ranmed Moussa, também acrescenta que a medida do governo busca evitar que a alteração do percentual de mistura de álcool anidro à gasolina, resulte em aumento do preço para o consumidor final. No posto Metropolitano o litro da gasolina está sendo vendida a R$ 2,88.
O primeiro-secretário do Sindipetróleo (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis de Mato Grosso), Bruno Borges, destaca que as informações divulgadas na imprensa nacional evidenciam que a redução da contribuição pelo governo tem como objetivo equilibrar os preços nas refinarias, visto que a Petrobras, por conta da alta demanda no Brasil, está sendo obrigada a comprar gasolina A no exterior.
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