O presidente-executivo interino do UBS, Sergio Ermotti, pediu a colaboração de funcionários para tornar o banco menos complexo e arriscado em um comunicado interno, após a companhia apurar perda de US$ 2,3 bilhões em transações consideradas ilegais. "O incidente de transações não autorizadas frustrou profundamente todos nós. Ele foi um revés para nossos esforços de ganhar novamente a confiança e fazer do UBS um banco líder para nossos clientes", afirmou Ermotti no documento ao qual a Reuters teve acesso.
"Não tenho uma receita mágica para inspirá-los e redobrar seus esforços. Só posso apelar para seu profissionalismo, lealdade e determinação em ter sucesso", disse a funcionários na quarta-feira. O UBS deve revelar como planeja realizar uma redução de sua unidade de investimentos em novembro, afirmando que deseja retornos mais confiáveis e menor complexidade, à medida que busca se recuperar do escândalo que forçou seu presidente-executivo Oswald Gruebel a renunciar no sábado.
Ermotti disse que pretendia exercer sua autoridade para apoiar e concluir investigações internas e externas sobre a perda, e analisar a eficácia e a eficiência do modelo operacional do banco. "Já começamos a trabalhar nisso", afirmou o executivo no comunicado.
O banco insiste em se ater a seu modelo de negócios de "banco integrado" que une um banco de investimentos a serviços de private banking para clientes mais endinheirados, embora o banco de investimentos vá encolher em prol do gerenciamento de fortunas. "O banco de investimentos (do UBS) está entre os maiores em muitos segmentos e é uma parte essencial do processo de atendimento às expectativas de nossos clientes privados, corporativos e institucionais", disse Ermotti. "Continuaremos a investir em nossas habilidades principais, embora o banco de investimentos, em uma visão geral, vá ser menos complexo, carregar menos risco e usar menos capital".
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