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Quarta - 28 de Setembro de 2011 às 09:55
Por: KATIANA PEREIRA

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MidiaNews/Reprodução
PF deu prazo para Toni deixar o Brasil, mas ele entrou na Justiça e queria continua na UFMT
PF deu prazo para Toni deixar o Brasil, mas ele entrou na Justiça e queria continua na UFMT

O universitário Toni Bernardo da Silva, morto por espancamento aos 27 anos, na última quinta-feira (22), tentava anular judicialmente a decisão da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), que o desligou do curso de Economia, em fevereiro deste ano.

O estudante, que era natural de Guiné-Bissau (África Ocidental), entrou com uma ação na Justiça, no início de março. Ele buscava, por meio de um defensor público, retomar ao seu curso na UFMT. A justificativa de Toni no processo é que faltariam poucas matérias para ele se formar e o desligamento colocaria a perder todo o tempo de graduação que passou na universidade.

Segundo a Polícia Federal, em Cuiabá, a ação seria um empecilho para deportar Toni. Por estar com processos em andamento, o estudante de Guiné-Bissau poderia recorrer judicialmente e pedir para permanecer no país, a fim de aguardar julgamento.

Outra situação que seguraria Toni no país seria a sua futura paternidade. O estudante tinha uma namorada brasileira, que esta grávida de oito meses, Sendo a criança reconhecida como filho do estudante, ele teria garantida a permanência no país devido à prole.

A assessoria da PF informou ao MidiaNews que a instituição foi comunicada, em março, sobre o desligamento de Toni do programa de intercâmbio. Logo em seguida, o visto de estudante venceu e, desde então, a sua permanência no Brasil passou a ser considerada ilegal.

Policiais chegaram a fazer diligências e enviar comunicados, à procura de Toni Bernardo, e que deram em vão. Em julho, o estudante foi detido por furto pela Polícia Civil, que o encaminhou à PF. Na Federal, ele recebeu a informação de que deveria deixar o país em oito dias. Mesmo com o ultimato da PF, Toni continuou no Brasil.

As informações são que o estudante é de família muito carente em Guiné-Bissau e que não tinha condições financeiras de custear o retorno ao seu país.

Sabe-se que Toni chegou a procurar emprego na Grande Cuiabá, mas foi rejeitado várias vezes. Um dos motivos seria a falta de visto para continuar no Brasil.

O caso

O estudante universitário Toni Bernardo da Silva vivia em Cuiabá desde o ano de 2006, quando veio cursar economia na UFMT, por meio de um programa de intercâmbio.

Ele foi morto por espancamento na noite de quinta-feira (22), na pizzaria Rola Papo, no bairro Boa Esperança. Pelo crime, foram presos o consultor de telefonia celular Sérgio Marcelo da Silva Costa, 27,  filho de um ex-delegado da Polícia Civil, e os policiais militares Higor Marcell Mendes Montenegro e Wesley Fagundes Pereira, ambos de 24 anos.

Sérgio tentou fugir do local, mas foi localizado por policiais que atenderam a ocorrência, em seu automóvel, próximo ao trevo da UFMT. Ele alegou que iria se dirigir até o Pronto-Socorro, para buscar atendimento.

Todos eles foram presos em flagrante e serão colocados à disposição da Justiça.






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