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Quarta - 28 de Setembro de 2011 às 07:49
Por: JOANICE DE DEUS

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Lorival Fernandes/DC
Sindicato espera que movimento engrosse gradativamente no interior; Febraban aponta canais de serviço
Sindicato espera que movimento engrosse gradativamente no interior; Febraban aponta canais de serviço
As fachadas das agências bancárias de Cuiabá e Várzea Grande amanheceram o dia ontem cobertas por cartazes afixados pelos bancários em greve. Nas duas cidades, dos 89 estabelecimentos bancários existentes, 88 permaneceram fechados, segundo o Sindicato dos Bancários (SEEB).

De acordo com o presidente do SEEB, Arilson Silva, no interior a adesão ao movimento é gradativo e a tendência é que aumente hoje. “A última proposta frustrou as expectativas dos trabalhadores. Não trouxe nada referente à questão da segurança ou contratação”, comentou.

Somente os serviços essenciais como compensação bancária serão mantidos. Na Capital, apenas os funcionários do Banco Regional de Brasília (BRB) não aderiram à greve por ter aceitado proposta específica do banco.

A greve pegou de surpresa a aposentada Luzinete Ferreira Lima, 67 anos. Moradora do bairro Osmar Cabral, na Capital, ela pretendia abrir uma conta na Caixa Econômica Federal, que fica na rua Barão de Melgaço, mas não conseguiu. “Preciso abrir a conta para fazer um empréstimo, agora vou ter que esperar”, disse.

A categoria reivindica ainda 12,8% de reajuste. A Federação Nacional dos Banqueiros (Fenaban), entidade sindical do sistema financeiro que representa os bancos nas negociações coletivas e nas questões trabalhistas, ofereceu apenas 8%, segundo o presidente do SEEB.

Durante todo processo de negociação, o SEEB realizou atos de protesto para cobrar dos bancos mais investimento e mantido contato com o poder público para que a onda de ataques a bancos não continue crescendo. Neste ano, 27 agências e 69 caixas-eletrônicos já foram alvos dos criminosos no Estado.

“Nossa luta é por trabalho decente, a começar pela segurança nas agências. Estamos unidos nesta campanha para que a população não sofra com o terror nos bancos. As instituições financeiras devem valorizar os trabalhadores, ao invés de pensar somente no lucro. No primeiro semestre deste ano, os bancos já lucraram mais de R$ 27 bilhões e têm a coragem de dizer não às nossas reivindicações. Queremos segurança nas agências, melhoria para todos”, afirmou Arilson da Silva, por meio da assessoria de imprensa.

O fim do assédio moral no ambiente de trabalho também é bandeira defendida pela categoria, além do fim das metas abusivas e dos altos juros. Em todo o Estado atuam 4,5 mil bancários.

Também aderiram ao movimento trabalhadores de agências localizadas em Sinop, Cáceres, Rondonópolis, Alta Floresta, Pontes e Lacerda, Arenápolis e São José do Rio Claro.

Conforme a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), a população tem à disposição uma série de canais para realizar suas operações bancárias, tais como caixas-eletrônicos, internet banking, mobile banking, operações por telefone e mais de 165 mil correspondentes não-bancários, como casas lotéricas, agências dos correios, redes de supermercados e outros estabelecimentos comerciais credenciados. Os bancos oferecem também os serviços de débito automático para pagamento de contas de consumo (água, luz e telefone, por exemplo).




Fonte: Do DC

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