O estudante foi flagrado com uma pistola 765 e quatro cartuchos intactos na Escola Estadual Amália Xavier, onde estuda. Segundo o policial, a viatura que cobre a área recebeu uma ligação anônima informando que o aluno poderia estar armado e entrou em contato com a direção da escola. A direção, então, retirou o jovem da sala de aula. "Localizamos a arma dentro da mochila escolar", diz Rodrigues.
Segundo o cabo, o adolescente disse ter comprado a arma por R$ 700, com dinheiro do comércio da família, na "feirinha de troca", no Bairro João Cabral, em Juazeiro do Norte. "Ele é aluno tido como de boa índole na escola, mas disse ter sido intimidado por esses alunos. Aparentemente, não tem envolvimento com nada errado", avalia o policial.
O adolescente foi levado para a Delegacia Regional da Polícia Civil de Juazeiro do Norte e será acompanhado pela Promotoria da Infância e da Juventude, enquanto a polícia investiga o caso. A mãe do adolescente o acompanhou à delegacia para prestar depoimento, assim como o pai e o tio dos jovens ameaçados.
Crede
A diretora da Coordenadoria Regional de Desenvolvimento da Educação do Estado do Ceará (Crede), Edna Belém, disse que o aluno vai receber atenção especial da escola e do Crede. Ela afirma que o caso já foi informado à Secretaria de Educação do Estado. "É o caso de a gente intensficar a segurança nas escolas e o trabalho da geração de paz", diz a diretora. O Crede faz o acompanhamento de 28 escolas da região do Cariri, Sul do Ceará, entre elas a Amália Xavier, onde o aluno foi flagrado com a arma.
Edna Belém defende que o problema não é apenas na escola. "O sistema educacional é parte do sistema social. Vamos acompanhar esse jovem, não vamos descuidar dele", diz. De acordo com ela, o aluno surpreendeu com a atitude, por ter participado das atividades da escola pela paz este mês. Mas que a escola já vinha observando um comportamento mais agressivo do aluno. "No primeiro semestre, ele era mais tímido".
Por conta dessa atitude, a mãe do jovem já havia sido chamada à escola e havia dito à direção que também havia notado o adolescente diferente, "rebelde". "Hoje ele assumiu e mostrou a arma, mas não demonstrou resistência aos policiais", diz a diretora do Crede.
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