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Nacional
Terça - 27 de Setembro de 2011 às 18:17

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Os Correios chamaram nesta terça-feira (27) o sindicato dos trabalhadores da empresa para uma reunião de retomada das negociações de ajustes salariais da categoria, que está em greve desde o dia 14 deste mês, divulgou a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), em nota.

A negociação, de acordo com os Correios, tem como base a proposta reapresentada na semana passada pela empresa, de reajuste salarial de 6,87%, aumento real de R$ 50 - o que representa um aumento de 13% para 60% dos trabalhadores - e abono de R$ 800, entre outras cláusulas.

"Com base na proposta e no limite orçamentário da ECT, os Correios buscarão a melhor alternativa para concluir as negociações e encerrar a paralisação", diz a nota. "A continuidade da paralisação prejudica quem está trabalhando, pela sobrecarga de trabalho; a população, que não é atendida plenamente; e os grevistas, que perdem os dias parados. Os pontos sobre os quais ainda há divergências poderão ser discutidos com o restabelecimento da normalidade das atividades", afirma o comunicado.

Por volta das 15h, representantes do sindicato se encontravam nos Correios para a negociação.

Contraproposta rejeitada
Em contraproposta apresentada na semana passada, os trabalhadores pediam reposição da inflação de 7,16%, reposição das perdas salariais de 24.76%, de 1994 à 2010, além de outras reivindicações, como aumento linear de R$ 200 e não desconto dos dias parados em decorrência da greve, o que foi rejeitado pelos Correios.

A companhia informou que considera que a proposta "está acima das possibilidades orçamentárias da empresa e inviabilizaria a sustentabilidade da ECT", segundo nota da empresa.

"A contraproposta tem impacto de R$ 4,3 bilhões na folha de pagamento -- representa um acréscimo de 70% no custo anual da folha. (...) Os índices reivindicados elevariam a despesa com pessoal para 80% do orçamento da empresa", defendeu a empresa.

Dias descontados
Na segunda-feira (26), o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, reafirmou que os Correios não vão pagar os dias parados dos funcionários que estão em greve desde o dia 14 deste mês
De acordo com o ministro, o pagamento dos dias parados é uma das condições impostas pelos grevistas para chegar a um acordo e voltar ao trabalho. Até segunda-feira, 18% dos servidores dos Correios estavam parados, disse Bernardo.

"Eles [grevistas] querem que paguemos os dias parados, e nós não temos condições de fazer isso", disse ele. "Acho que o Wagner [Pinheiro, presidente dos Correios] certamente pode encontrar uma forma de amenizar, descontar em parcelas, mas nós não temos condições de acatar essa sugestão."

O ministro afirmou que nos dois últimos finais de semana foram feitos mutirões nos centros de distribuição dos Correios para triagem e preparação das correspondências e, por isso, a normalização das entregas será feita "rapidamente" após o fim da greve.





Fonte: G1

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