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Repórter News - reporternews.com.br
Economia
Terça - 27 de Setembro de 2011 às 09:55

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Depois que o governo elevou o IPI para carros importados, só deve crescer a fila de representantes de associações que deverão percorrer os gabinetes de Brasília, munidos de reclamações contra os desequilíbrios cambiais e as importações predatórias da Ásia.

Anunciado na semana passada, o aumento do imposto para as montadoras que não têm fábricas no País abriu precedentes para que outros setores, que também sofrem com as importações da China, reivindiquem medidas para protegê-los.

As propostas não incluem necessariamente a elevação do IPI, como a adotada para o setor automobilístico, mas outras medidas compensatórias, como desoneração para os fabricantes nacionais, aumento do Imposto de Importação ou aplicação de tarifas antidumping.

A indústria têxtil e os fabricantes de equipamentos são dois setores que se julgam prejudicados pela taxa de câmbio e que tentam sensibilizar o governo para o problema da perda de competitividade das empresas nacionais.

"Nós estamos competindo com as importações asiáticas há muito tempo", afirma Fernando Pimentel, diretor superintendente da Associação Brasileira da Indústria têxtil (Abit). Segundo ele, não seria uma questão de pedir o mesmo tratamento dado às montadoras. "Mas há medidas que poderiam ser adotadas", diz Pimentel, que elogiou os esforços do governo brasileiro para a adoção do ""antidumping cambial" pela Organização Mundial do Comércio (OMC) .

O mecanismo permitiria que as nações cobrassem tarifas adicionais para os produtos importados de países cujas taxas de câmbio desrespeitasse uma determinada faixa, que viria a ser estabelecida pela OMC.

A Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) também quer que o governo tome medidas para proteger o setor dos desequilíbrios cambiais. A entidade já apresentou há cerca de três meses um conjunto de propostas ao governo, mas ainda não foi atendida.

Uma das medidas propostas é a cobrança de Imposto de Importação de 35% para equipamentos de distribuição, geração e transmissão de energia elétrica para que os fabricantes nacionais tenham condições de participar das licitações das obras de infraestrutura.

Segundo a entidade, não há imposto para as importações feitas na Amazônia Ocidental, o que permite que as obras nessa região sejam feitas com equipamentos importados.

A Abinee também quer que o BNDES aumente a exigência do índice de nacionalização para a concessão de crédito para produção e aquisição de máquinas e equipamentos novos (Finame), elevando o índice dos atuais 60% para 75%.





Fonte: Do IG

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