Na reconstituição, a delegada diz que o menino afirmou que viu algo pesado enrolado em uma camisa na frente da boneca. "Ele colocou a boneca em cima da cama para entregar à irmãzinha, virou o rosto e apertou o gatilho. Foi na hora que a menina entrou no quarto e pegou na perna dela. Ele teve sorte", diz Adriana Teixeira.
De acordo com a delegada, o revólver calibre 38 estava municiado com cinco balas, com uma disparada. A arma, segundo a delegada, pertence ao padrasto das crianças, que ainda não foi localizado. As duas crianças e a mãe foram ouvidas na Delegacia de Tabuleiro do Norte. "Tudo indica que o padrasto não tem porte de arma e ele está viajando. A gente está tentando localizá-lo", diz Adriana.
Lei
Se for confirmado que o padrasto não tem porte, ele vai responder pelos artigos 13 e 14 do Estatuto do Desarmamento (Lei 10.826/2003), por porte ilegal de arma de fogo e por deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18 anos ou pessoa portadora de deficiência mental se apodere de arma de fogo. Por porte ilegal, a pena prevista é de reclusão de dois a quatro anos. Por omissão de cautela, a pena prevista é de detenção de um a dois anos.
Comentários