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Segunda - 26 de Setembro de 2011 às 17:04

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Toni Bernardo (destaque) foi morto por espancamento; Polícia Civil conclui flagrante na sexta-feira
Toni Bernardo (destaque) foi morto por espancamento; Polícia Civil conclui flagrante na sexta-feira

Os policiais militares Higor Montenegro e Wesley Pereira, ambos de 24 anos, e o consultor de telefonia celular Sérgio Marcelo da Silva, 27, presos em flagrante pelo assassinato do estudante universitário Toni Bernardo da Silva, 27, não se conheciam. Silva é filho de um delegado aposentado da Polícia Civil.

Os três se envolveram no espancamento do estudante, que é natural de Guiné-Bissau (África Ocidental), na madrugada de sexta-feira (23), na pizzaria Rola Papo, no bairro Boa Esperança, em Cuiabá.

Testemunhas disseram que, enquanto o consultor de telefonia celular, a namorada e o estudante rolavam no chão, os dois PMs estavam numa mesa ao lado. Na delegacia, eles alegaram que foram separar os brigões.

“Os três – os dois PMs e o consultor de telefonia – bateram na vítima”, relatou uma testemunha. “Vimos o estudante, o rapaz (Sérgio) e a namorada deste embolados no chão, pareciam cena de filme”, completou a testemunha, em depoimento na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Assim que os militares tentaram intervir na situação, acabaram se envolvendo  com o consultor de telefonia e espancaram o estudante até a morte.

Um policial que esteve no local definiu a briga envolvendo vítimas e autores do assassinato como “matar jacaré na pancada”.

O delegado Antônio Esperândio, responsável pelo flagrante, informou que deverá concluir os trabalhos até a próxima sexta-feira (30). Ele informou que foram ouvidas algumas testemunhas e, no decorrer da semana, outras também prestarão depoimento.

“Serão ouvidas todas que forem necessárias”, disse. Ele deverá anexar também o laudo de necropsia, que ainda não foi entregue pela perícia.

Após a prisão, os dois PMs foram levados para o 1º Batalhão no bairro Porto. Havia ainda a opção do Cadeião de Santo Antônio de Leverger, onde funciona um presídio militar.

Por medida de segurança, o consultor de telefonia está preso na Gepol (Gerência Estadual da Polinter), uma vez que se trata de filho de um delegado da Polícia Civil. O pai dele, delegado Almerindo Costa, se aposentou recentemente.






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