Segundo os policiais, a operação foi correta e em legítima defesa
Família acusa PM de agressão em Jaraguá do Sul
Uma família do bairro Nova Brasília, em Jaraguá do Sul, vai denunciar na promotoria criminal do Ministério Público uma ação contra a Polícia Militar, por abuso de autoridade e agressões com balas de borracha e choque elétricos em seis pessoas, na madrugada de domingo, durante a realização de uma festa.
O caso ocorreu logo depois da meia-noite. Segundo os moradores, durante o sábado à tarde foi feita uma festa para comemorar o aniversário de uma jovem de 13 anos, que mora no local.
A festa teria seguido durante a noite para a celebração dos 40 anos de outra moradora. No local havia cerca de 20 pessoas. A maioria estava no lado de fora da casa ouvido música.
Perto da meia-noite, os organizadores da festa foram surpreendidos com a chegada de duas viaturas, com quatro policiais que teriam pedido para que o volume o aparelho de som fosse baixado devido à reclamação da vizinhança.
— A gente baixou o volume conforme eles (policiais) pediram —, disse um dos moradores.
Minutos depois, os participantes da festa disseram que chegaram mais viaturas. Segundo eles, eram cinco carros com mais de 10 policiais.
— Eles chegaram agressivos e começaram a nos agredir. Queriam nos algemar e usaram balas de borracha e choques elétricos —, contou outro morador.
A Polícia Militar avalia a operação policial nessa ocorrência como correta. Segundo o relatório do caso, os policiais teriam sido agredidos pelos moradores, que não teriam respeitado a orientação de baixar o volume do som e estarem perturbando o sossego da vizinhança. A ação da polícia é interpretada como legítima defesa.
Conforme o registro da PM sobre o caso, os policiais foram chamados por moradores da rua José Emmendorfer e, ao chegarem no local, teriam pedido para que o dono do imóvel baixasse o volume. Ele teria se comprometido a cumprir com a orientação.
Minutos depois de terem saído do local, a Polícia Militar recebeu novamente uma ligação de moradores do bairro, que teriam repetido a reclamação e salientaram que o som estava mais alto do que antes.
Os policiais voltaram à residência com reforço e pediram que o aparelho fosse desligado e que o dono da casa se apresentasse com os documentos para que fosse feito um termo circunstanciado, prática para autuação para crimes de menor grau ofensivo.
Conforme relato dos policiais, teria sido nesse momento que os integrantes da festa se revoltaram contra a guarnição e passara a desacatar e agredir os militares. De acordo com o capitação da PM, Aires Volnei Pilonetto, os policiais agiram para se defender e tiveram de usar a força para conter os moradores que estavam revoltosos.
— Eles (moradores) se revoltaram contra os policiais e tentaram tomar uma pistola. Houve luta corporal e a guarnição teve de usar armas não-letais para acalmar os ânimos. O procedimento foi correto. Se houvesse a cooperação dos moradores no momento em que foi solicitado que respeitassem a lei do silêncio, isso não teria ocorrido — , explicou o capitão.
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