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Segunda - 26 de Setembro de 2011 às 12:54

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Em todo país, chega a US$ 19,7 bilhões, entre os ciclos 2001/2002 e 2010/2011. Cálculos da Associação de Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) consideram gastos com controle químico, perda de produtividade e de arrecadação de impostos.
 
Se forem adicionadas as perdas econômicas com outras doenças características da sojicultura, como nematóides e mancha alvo, o prejuízo é ainda maior. Apenas com nematóide de cisto (Heterodera glycines), perdas na produtividade podem chegar a 40%, mas a ferruem asiática ainda é responsável pelos prejuízos mais expressivos, por exigir mais investimentos em fungicidas, explica gerente técnico da Aprosoja, Luiz Nery
Ribas.
 
Doutor em fitopatologia e consultor técnico da Tadashi Agro, José Tadashi Yorinari acrescenta que controle da ferrugem asiática é 95% químico. Alternativa para evitar perdas maiores, explica Ribas, é monitorar as lavouras, realizar um manejo correto, a partir do conhecimento das características e causas das doenças, e investir em variedades mais resistentes e plantas de entressafra, com menor fator de reprodução.
 
“Hoje, as nematóides (das lesões radiculares, de galhas e de cisto) são o maior fator de redução da produção de soja”. Tadashi reforça importância do agricultor ou agronômo arrancar plantas suspeitas nas lavouras, para fazer identificação da doença e monitoramento.
 
No caso da nematóide, Tadashi explica que é um problema enfrentado por todos os estados brasileiro produtores de soja, e, na variedade de cisto, a erradicação é muito difícil, sendo possível a permanência das larvas no solo por até 8 anos. “As práticas são para mantê-lo numa proporção baixa nas lavouras”. Consultor acrescenta que nos Esta- dos Unidos a incidência da doença provoca perdas anuais de US$ 500 milhões.
 
Com a mancha alvo, doença causada por fungo original das áreas nativas onde a soja passou a ser cultivada, é possível fazer controle químico, mas, a partir de 2008, os fungicidas utilizados deixaram de ser tão eficazes. “Como é um fungo que sobrevive na palhada, a primeira coisa a fazer é monitorar a lavoura e preparar o controle químico, além de usar cultivares mais resistentes, como as variedades inox”.
 
Manejo integrado e a correção do solo, assim como uso de variedades precoces, têm ajudado no combate às doenças. “Importante é ter uma soja espaçada, bem acabada, por que isso facilita aplicação do fungicida e o controle da doença”. Para o próximo ciclo produtivo, consultor da Tadashi Agro recomenda intensificar acompanhamento das lavouras de soja. Escassez de chuvas pode provocar atraso no plantio, fazendo com que se estenda até início de dezembro. “Por isso, haverá soja em diferentes estágios de desenvolvimento, facilitando proliferação de doenças”. Com intensificação das chuvas a partir de dezembro, controle químico fica mais difícil.
 

Ocorrências - Em Mato Grosso, relatório do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea) sobre o último vazio sanitário, vigente entre 15 de junho e 15 de setembro, confirmou visitas a 2,566 mil propriedades, 15,53% a mais que no ano passado, quando foram vistoriadas 2,221 mil. Número de notificações, acompanhou a alta, totalizando 301 no período proibitivo do plantio, contra 176 em 2010.

Pesquisa - Na próxima semana, a Aprosoja apresenta, em parceria com a Embrapa Soja de Londrina e a Universidade Federal de Viçosa, resultados do trabalho de pesquisa sobre o nematóide das lesões radiculares (Pratylenchus brachyurus).





Fonte: Do GD

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