Patamar foi de 95,2% em agosto, queda sobre mesmo mês de 2010. Sobre julho deste ano, contudo, houve alta, aponta Serasa Experian
Pontualidade de pagamento das micro e pequenas cai pelo 6º mês seguido
A pontualidade de pagamento das micro e pequenas empresas caiu pelo sexto mês seguido na comparação anual em agosto, para o patamar de 95,2%, aponta nesta quarta-feira (21) a Serasa Experian. Isso significa que, durante o mês, a cada 1.000 pagamentos realizados, 952 foram quitados à vista ou com atraso máximo de sete dias. Em agosto de 2010, a pontualidade de pagamentos estava em 95,7%.
Na comparação com julho deste ano, contudo, a pontualidade de pagamento cresceu 0,3 ponto percentual.
“O atual processo de desaceleração econômica e os juros mais elevados neste ano, face aos que vigoravam no ano passado, continuam pressionando o custo financeiro e o caixa das micro e pequenas empresas, dificultando a realização de pagamentos em dia dos seus compromissos financeiros”, avaliam os economistas da Serasa, em nota.
As maiores na comparação a agosto de 2010 ocorreram nas micro e pequenas empresas de serviços (recuo de 0,9 ponto percentual, atingindo 95,0%) e industriais (queda de 0,5 ponto percentual, alcançando 94,6%). Nas micro empresas do setor comercial houve redução de apenas 0,1 ponto, a 95,5%.
O valor médio dos pagamentos efetuados pontualmente pelas micros e pequenas empresas em agosto atingiu R$ 1.693,94, recuo de 1,3% em relação ao verificado em julho. No acumulado dos primeiros oito meses de 2011, em relação ao mesmo período do ano passado, o valor médio dos pagamentos pontuais elevou-se em 7,2% (R$ 1.602,17 contra R$ 1.494,33), com altas de 6,5% no setor de comércio, 5,6% no setor industrial e de 20,8% nas empresas do setor de serviços.
“A menor pontualidade e o menor crescimento, em valor, dos pagamentos pontuais efetuados são indícios de que as micro e pequenas empresas industriais, em função do cenário externo mais adverso e da concorrência com os importados, estão tendo maiores dificuldades em quitar seus compromissos em dia”, avaliam os economistas da Serasa, em nota.
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