Obama relaciona recuperação econômica dos EUA à educação
Os jovens dos Estados Unidos estão ficando para trás de seus pares no exterior em leitura, matemática e ciência, disse o presidente norte-americano, Barack Obama, no sábado (24), afirmando que reformas na educação são parte essencial da recuperação econômica.
Em seu pronunciamento semanal de rádio e vídeo, Obama disse que até um quarto dos estudantes norte-americanos não estão concluindo o segundo grau e poucos jovens estão obtendo diplomas universitários.
"É fato inegável que países que são mais bem educados hoje serão mais competitivos amanhã. As empresas contratarão onde quer que trabalhadores altamente qualificados e treinados estejam," disse o democrata. "Temos que elevar nossos padrões."
Com a campanha presidencial de 2012 esquentando, Obama tem falado cada vez mais sobre educação, tema central de sua base política.
Seu plano de US$ 447 bilhões para criação de empregos inclui recursos para pagar professores e reparos nas escolas. Na sexta-feira, ele anunciou um relaxamento do "Nenhuma Criança Fica para Trás" (No Child Left Behind, em inglês), medida que já tem uma década e foi introduzida pelo ex-presidente George W. Bush para responsabilizar as escolas pelo desempenho dos alunos.
O programa foi muito criticado por se inflexível, exigindo que os professores se atenham a um currículo estreito que visa sobretudo garantir que os estudantes passem em testes padronizados.
"A experiência nos ensinou que a lei tem algumas falhas sérias que prejudicam nossas crianças, ao invés de ajudá-las," disse Obama, deixando claro que a educação será um de seus principais tópicos de campanha para o pleito de novembro do ano que vem.
"Estes problemas são óbvios para pais e educadores de todo o país há anos. Mas, durante anos, o Congresso não conseguiu consertá-los. Então agora o fará," declarou.
O índice de aprovação do presidente tem caído por conta da percepção de que ele é um líder fraco, especialmente quando se trata de curar a economia.
Seus adversários republicanos têm argumentado que o estímulo econômico de Obama causou problemas fiscais ao país sem melhorar significativamente o desemprego, que continua acima de 9 por cento. Grande parte da pressão financeira que as escolas dos EUA sofrem reflete orçamentos limitados no nível estadual.
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