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Esportes
Domingo - 25 de Setembro de 2011 às 07:50

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O parque Ibirapuera abrigará, a partir deste domingo, o Grand Slam de xadrez, um dos principais campeonatos do esporte. O curioso é que seis dos melhores jogadores do mundo atuarão dentro de uma caixa de vidro, com paredes transparentes em que o público poderá acompanhar as partidas.

Mas Levon Aronian, 28, número três do ranking mundial e um dos concorrentes ao título, tem ressalvas ao local de jogo. "Não sou um grande fã da caixa de vidro. Nela, às vezes me sinto como um ator", afirmou o jogador armênio à Folha.

Aronian venceu a final do Grand Slam de 2009, que acontece em um cubo transparente montado na cidade de Bilbao, na Espanha, desde 2008. Por isso, jogar em uma caixa de vidro não é novidade para a elite do xadrez.

Novidade, sim, é disputar partidas em um parque como o Ibirapuera. "Eu realmente gostei do lugar em que vamos jogar, cheio de árvores. É bem diferente", disse Aronian, que visita o Brasil pela primeira vez.

O jogador armênio chegou a São Paulo na última quarta-feira, dois dias antes da maioria dos outros participantes. As maiores estrelas do xadrez, o norueguês Magnus Carlsen, 20, número um do mundo, e o indiano Viswanathan Anand, 41, atual campeão mundial, desembarcariam em São Paulo neste sábado.

Neste domingo, haverá o sorteio do emparceiramento. As partidas acontecerão segunda, terça, quarta, sexta e sábado, às 15h. Devem ter, em média, de quatro a cinco horas de duração.

"Será um torneio muito forte e desgastante. Quando é assim, tento chegar alguns dias antes no país para me adaptar e me sentir mais confiante", declarou Aronian.

Neste ano, a final do Grand Slam será dividida entre São Paulo e Bilbao. Nas duas cidades, os enxadristas jogam todos contra todos, e quem somar mais pontos após as duas etapas é o campeão. Enquanto as partidas na capital paulista acontecerão entre a próxima segunda-feira e sábado, o torneio na Espanha, também dentro de uma caixa de vidro, acontecerá entre 5 e 11 de outubro, o que, segundo o enxadrista armênio, torna a disputa mais desgastante.

"É mais difícil, porque tem os voos, cansa mais, mas, por outro lado, podemos conhecer lugares que não teríamos oportunidade de conhecer", afirmou Aronian.

Sem grande tradição no xadrez, o Brasil está fora da rota dos grandes eventos do esporte, que se concentram na Europa e na Ásia.

"Nós, jogadores, devemos ser como embaixadores do xadrez, e fico empolgado quando podemos mostrar a um público que não conhece como é o esporte", completou o grande mestre armênio.





Fonte: Folha Online

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