A medida contraria a proposta de suspender a seleção, feita pelo conselho da Faculdade de Ceilândia na última segunda. Estudantes e professores alegam que Ceilândia não tem condições de receber mais alunos, pois as aulas acontecem em local improvisado há três anos.
Após a decisão de manter o vestibular, os alunos da UnB Ceilândia que ocupam o prédio da reitoria há 11 dias se reuniram para decidir se permanecem no local.
A reunião contou com a participação do reitor da UnB, José Geraldo de Sousa Júnior, professores, alunos e servidores da universidade.
Atraso de três anos
A construção dos blocos Unidade de Ensino e Docência (UED) e Unidade Acadêmica (UAC), os dois no campus de Ceilândia, foi licitada no segundo semestre de 2008. A empresa que venceu a licitação tinha 300 dias para concluir os dois prédios, mas só entregou o primeiro, inacabado, em junho deste ano. Segundo a universidade, a construtora pediu mais dois meses para finalizar o segundo prédio.
A UnB Ceilândia tem cerca de 1.500 alunos divididos em cinco cursos: enfermagem, farmácia, fisioterapia, gestão em saúde e terapia ocupacional. Há três anos, os estudantes têm aulas no campus improvisado no Centro de Ensino Médio nº 4, em Ceilândia Sul. Parte do novo campus foi ocupado para aulas com autorização da Novacap.
No final de julho, a Novacap recomendou à Secretaria de Obras a rescisão do contrato. Segundo a instituição, a entrega da obra já foi adiada dez vezes. O último prazo venceu no dia 26 de junho. Orçada em R$ 18 milhões, a obra deveria ter ficado pronta no começo de 2009.
Essa não é a primeira vez que os estudantes de Ceilândia ocupam a reitoria em protesto contra o atraso das obras. Em junho, cerca de 200 alunos e professores passaram mais de 10 horas no local.
A manifestação só foi suspensa depois que a reitoria prometeu entregar os prédios do campus de Ceilândia no início do segundo semestre de 2011, segundo o comando do movimento
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