Ele torna-se réu em ação sobre lavagem de dinheiro; Igreja Universal nega acusação
Justiça acolhe denúncia contra o "bispo" Edir Macedo
A Justiça Federal aceitou parcialmente denúncia feita pelo Ministério Público Federal contra o fundador da Igreja Universal, o bispo Edir Macedo, e outros três integrantes da cúpula da igreja.
Com a decisão, eles se tornam réus no processo.
Procurada ontem no fim da tarde, a Igreja Universal não respondeu. Mas sua assessoria já havia dito antes que "trata-se das mesmas acusações de sempre aos dirigentes da Igreja Universal do Reino de Deus, que sempre se mostraram inverídicas".
Além de Macedo, a diretora financeira Alba Maria Silva da Costa, o bispo João Batista Ramos da Silva e o bispo Paulo Roberto Gomes da Conceição foram denunciados pela Procuradoria sob as acusações de estelionato, falsidade ideológica, formação de quadrilha, evasão de divisas e lavagem de dinheiro.
As acusações de estelionato e falsidade ideológica -que diziam que os fiéis eram enganados para fazer doações à igreja- foram rejeitadas pela Justiça Federal. A Procuradoria afirma que vai recorrer desta decisão.
A denúncia foi feita no dia 12, e a decisão sobre a aceitação de parte dela é do dia 16.
Segundo o Ministério Público, os acusados remetiam ao exterior dinheiro proveniente de doações de fiéis por meio de uma casa de câmbio paulista. Os recursos voltavam depois ao Brasil, com aparência de legalidade.
Denúncia semelhante foi feita pelo Ministério Público Estadual em 2009, mas foi derrubada pela Justiça sob o entendimento de que o caso pertencia à esfera federal.
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