Confrontos entre forças de segurança leais ao presidente iemenita, Ali Abdullah Saleh, e dissidentes tribais deixaram 18 mortos no norte da capital nesta sexta-feira, informou a oposição. "Dezoito pessoas morreram e 56 ficaram feridas" no confronto no norte de Sanaa, no distrito de Al-Hasaba, afirmou o Al-Sahwa.net, site de notícias do principal partido de oposição iemenita, o Al-Islah (reforma), liderado pelo influente empresário Hamid al-Ahmar.
Os combatentes armados que lutam contra as forças de segurança de Saleh são leais ao chefe tribal dissidente Sheikh Sadiq al-Ahmar, irmão de Hamid. Os confrontos intensificaram-se nesta sexta-feira, e explosões foram ouvidas por toda a região, informaram residentes. O bombardeio veio do prédio do Ministério do Interior e do complexo onde vive a família de Ahmar, completaram os moradores.
Os combates ocorrem em Sanaa pelo sexto dia seguido, apesar de pedidos de trégua por parte de Saleh em seu retorno de uma estadia de três meses na Arábia Saudita para tratamento de ferimentos ganhos em um ataque a bomba em 3 de junho contra seu palácio. Enquanto os combates aumentavam, a emissora estatal divulgou os apelos do ministério do Interior para que os apoiadores de Saleh se contivessem e não comemorassem o retorno de Saleh com tiros para o alto.
O xeque Sadiq al-Ahmar lidera a poderosa confederação tribal Hashid, que em março interrompeu seu apoio a Saleh - também um membro da Hashid - e se uniu aos protestos que exigem sua saída. As tribos exercem grande influência no Iêmen e a confederação Hashid sozinha é capaz de financiar milhares de combatentes fortemente armados.
Comentários