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O prefeito interino afirma que a prefeitura não tem condições de gerir o Departamento de Água e Esgoto, que acumula dívida de R$ 100 milhões
Tião define futuro do DAE e PS este mês
Mike Toscano/Site Hipernotícias
O prefeito interino de Várzea Grande, Tião da Zaeli, discute o que fazer com o Pronto-Socorro Municipal
Prefeito em exercício de Várzea Grande, Tião da Zaeli (sem partido), no cargo há cerca de dois meses, reconhece as dificuldades de administrar uma cidade com a instabilidade política e judicial. Contudo, o chefe do Executivo promete tomar duas decisões até o final deste mês que mexe com a população como um todo. Ele reconhece que a prefeitura não tem condições de tocar o Departamento de Água e Esgoto (DAE). A outra decisão é com relação ao Pronto-Socorro (PS) municipal, que pode ser repassado para uma Organização Social de Saúde (OSS). O prefeito eleito, Murilo Domingos (PR), foi afastado do cargo por improbidade administrativa.
Diário de Cuiabá - Esta instabilidade, tanto política como judicial, o incomoda muito?
Tião da Zaeli - Incomoda porque eu não desenvolvo um trabalho da maneira que eu gostaria de desenvolver. A administração pública tem uma característica de ser muito morosa, de ser muito burocrática e nós precisamos de planejamento. Quando começamos a planejar, a entender a prefeitura, a buscar uma reorganização, uma otimização dos recursos humanos e financeiros para ter uma dinâmica com administração pública, saio do cargo. Aí quando volto e começa tudo novamente. A sociedade tem perdido muito.
Diário - Mesmo diante desta instabilidade, o senhor pretende fazer uma reforma no seu secretariado?
Tião – Sim. Agora estou fazendo reforma no segundo escalão e, dentro de 60 dias ou mais para ser bastante prudente, vamos colocar esta folha de pagamento dos servidores dentro de uma realidade bem melhor. Lançamos o concurso público e procuramos fazer justiça, que é dá igualdade ao servidor, tratar todos iguais e prestigiar quem estudou, quem se preparou, além de buscar um quadro funcional para a prefeitura com maior comprometimento.
Diário – E quantos servidores já foram desligados ou quantos pretende desligar?
Tião - Nós já desligamos alguns e temos que chegar de 10% a 15% de total de 7,3 mil servidores, mas é difícil mexer com pessoas. A gente tem que ter responsabilidade para não cometer injustiça. Nós temos duas auditorias trabalhando na folha de pagamento e dentro de 60 dias vamos ter uma mudanças muito grande no pessoal.
Diário - O projeto de repassar o serviço prestado pelo Pronto-Socorro de Várzea Grande para uma Organização Social de Saúde (OSS) foi encaminhado à Câmara Municipal de Vereadores?
Tião - Não. Não está na Câmara, mas nós acreditamos que não teremos dificuldade com relação a este trâmite. Particularmente, estou convencido de que tem que ter uma mudança no Pronto-Socorro. Ou será uma OSS ou a extinção da Fusvag (Fundação de Saúde de Várzea Grande) para transformar a saúde da Várzea Grande como um todo. Hoje a saúde da Várzea Grande é dividida. A Secretaria de Saúde cuida da rede de saúde e existe uma instituição que é a Fusvag, que é independente e cuida do Pronto-Socorro. A Fundação é ligada à prefeitura, mas não é ligada à Secretaria de Saúde. Este mês é o prazo que temos pra resolver isso.
Diário - Como está a sua relação com a Câmara hoje?
Tião - Está boa. Os vereadores têm contribuído bastante com a administração e hoje nós não temos nenhuma dificuldade. Nós mandamos várias leis, fizemos vários encaminhamentos e fomos atendidos.
Diário - Com relação ao DAE (Departamento de Água e Esgoto), também tem a proposta para terceirizar ou entregar para uma empresa pública?
Tião - Na verdade, nós vamos buscar o melhor modelo para que a população entenda que a nossa decisão tenha o menor impacto na vida do cidadão. Nós não temos a menor condição de tocar o DAE. Agora entre uma empresa pública e privada, se nós tivermos a opção de passar o DAE para uma empresa pública, é melhor que ela continue sendo do povo.
Diário - Se o senhor repassar o DAE para uma empresa pública, seja Sabesp ou Copasa, não precisa passar pela Câmara, como funciona?
Tião - Na verdade é uma cooperação técnica.
Diário - Então entre a Copasa e a Sabesp a coisa está mais avançada para a Sabesp?
Tião - Na verdade é assim: a Sabesp e a Copasa têm parceiras nestes termos de cooperação técnica. Se fecharmos o acordo, as duas viriam aqui, não só a Sabesp e não só a Copasa. As duas estariam assumindo o DAE. Eu quero definir até o final do mês. Essas duas decisões são as mais relevantes que a administração pública vai tomar ainda este mês.
Diário - O que está faltando para fechar a cooperação técnica Sabesp/Copasa?
Tião - Nós tivemos ainda a primeira conversa, estamos na fase de amadurecimento da discussão. A conversa já existiu e eles agora querem conhecer o DAE. Esta muito prematura, mas os técnicos vêm aqui ainda esta semana para conhecer o DAE.
Diário - Neste termo de cooperação técnica, o município não desembolsa algum centavo?
Tião - Não. O município não tem nenhum custo e, neste termo de cooperação técnica, a partir do momento que a empresa passar a dar lucro, a própria autarquia se beneficia do lucro, ou seja, a partir do momento que ela for autosustentável, que tiver otimizado todos os recursos, o município ganha.
Diário - Qual a dívida do DAE hoje?
Tião - A dívida do DAE com a Rede Cemat é de R$ 80 milhões. A dívida não passa de R$ 100 milhões com fornecedores e tem também um recebimento, se for bem discutido, em torno de 20 milhões de recebimento.
Diário - A arrecadação do município está bem equilibrada?
Tião - Não. Ainda tem déficit em torno R$ 2,5 milhões, um déficit de R$ 800 mil do Pronto-Socorro e de R$ 500 a 600 mil do DAE.
Diário - Voltando à pauta da discussão política, no final de semana um grupo de empresários do município - Fernando Mendonça, Juliano Bortolo Todimo, entre outros - esteve reunido com a pretensão de ter um candidato a prefeito. Eles têm conversado com o senhor?
Tião - Tem. São todos meus amigos, inclusive o próprio Fernando Mendonça e Juliano Bortolo são dois grandes nomes. Acho muito interessante, caso eles tenham a disposição de disputar. Várzea Grande ganha muito com duas pessoas tão responsáveis e comprometidas, como os dois são.
Diário - O senhor daria apoio a um deles?
Tião - Com certeza: eu já os convidei para vim participar. Precisamos de pessoas com este perfil para discutirmos Várzea Grande e buscar uma solução. Eu não tenho nenhuma dificuldade em apoiar um destes nomes.
Diário de Cuiabá - Esta instabilidade, tanto política como judicial, o incomoda muito?
Tião da Zaeli - Incomoda porque eu não desenvolvo um trabalho da maneira que eu gostaria de desenvolver. A administração pública tem uma característica de ser muito morosa, de ser muito burocrática e nós precisamos de planejamento. Quando começamos a planejar, a entender a prefeitura, a buscar uma reorganização, uma otimização dos recursos humanos e financeiros para ter uma dinâmica com administração pública, saio do cargo. Aí quando volto e começa tudo novamente. A sociedade tem perdido muito.
Diário - Mesmo diante desta instabilidade, o senhor pretende fazer uma reforma no seu secretariado?
Tião – Sim. Agora estou fazendo reforma no segundo escalão e, dentro de 60 dias ou mais para ser bastante prudente, vamos colocar esta folha de pagamento dos servidores dentro de uma realidade bem melhor. Lançamos o concurso público e procuramos fazer justiça, que é dá igualdade ao servidor, tratar todos iguais e prestigiar quem estudou, quem se preparou, além de buscar um quadro funcional para a prefeitura com maior comprometimento.
Diário – E quantos servidores já foram desligados ou quantos pretende desligar?
Tião - Nós já desligamos alguns e temos que chegar de 10% a 15% de total de 7,3 mil servidores, mas é difícil mexer com pessoas. A gente tem que ter responsabilidade para não cometer injustiça. Nós temos duas auditorias trabalhando na folha de pagamento e dentro de 60 dias vamos ter uma mudanças muito grande no pessoal.
Diário - O projeto de repassar o serviço prestado pelo Pronto-Socorro de Várzea Grande para uma Organização Social de Saúde (OSS) foi encaminhado à Câmara Municipal de Vereadores?
Tião - Não. Não está na Câmara, mas nós acreditamos que não teremos dificuldade com relação a este trâmite. Particularmente, estou convencido de que tem que ter uma mudança no Pronto-Socorro. Ou será uma OSS ou a extinção da Fusvag (Fundação de Saúde de Várzea Grande) para transformar a saúde da Várzea Grande como um todo. Hoje a saúde da Várzea Grande é dividida. A Secretaria de Saúde cuida da rede de saúde e existe uma instituição que é a Fusvag, que é independente e cuida do Pronto-Socorro. A Fundação é ligada à prefeitura, mas não é ligada à Secretaria de Saúde. Este mês é o prazo que temos pra resolver isso.
Diário - Como está a sua relação com a Câmara hoje?
Tião - Está boa. Os vereadores têm contribuído bastante com a administração e hoje nós não temos nenhuma dificuldade. Nós mandamos várias leis, fizemos vários encaminhamentos e fomos atendidos.
Diário - Com relação ao DAE (Departamento de Água e Esgoto), também tem a proposta para terceirizar ou entregar para uma empresa pública?
Tião - Na verdade, nós vamos buscar o melhor modelo para que a população entenda que a nossa decisão tenha o menor impacto na vida do cidadão. Nós não temos a menor condição de tocar o DAE. Agora entre uma empresa pública e privada, se nós tivermos a opção de passar o DAE para uma empresa pública, é melhor que ela continue sendo do povo.
Diário - Se o senhor repassar o DAE para uma empresa pública, seja Sabesp ou Copasa, não precisa passar pela Câmara, como funciona?
Tião - Na verdade é uma cooperação técnica.
Diário - Então entre a Copasa e a Sabesp a coisa está mais avançada para a Sabesp?
Tião - Na verdade é assim: a Sabesp e a Copasa têm parceiras nestes termos de cooperação técnica. Se fecharmos o acordo, as duas viriam aqui, não só a Sabesp e não só a Copasa. As duas estariam assumindo o DAE. Eu quero definir até o final do mês. Essas duas decisões são as mais relevantes que a administração pública vai tomar ainda este mês.
Diário - O que está faltando para fechar a cooperação técnica Sabesp/Copasa?
Tião - Nós tivemos ainda a primeira conversa, estamos na fase de amadurecimento da discussão. A conversa já existiu e eles agora querem conhecer o DAE. Esta muito prematura, mas os técnicos vêm aqui ainda esta semana para conhecer o DAE.
Diário - Neste termo de cooperação técnica, o município não desembolsa algum centavo?
Tião - Não. O município não tem nenhum custo e, neste termo de cooperação técnica, a partir do momento que a empresa passar a dar lucro, a própria autarquia se beneficia do lucro, ou seja, a partir do momento que ela for autosustentável, que tiver otimizado todos os recursos, o município ganha.
Diário - Qual a dívida do DAE hoje?
Tião - A dívida do DAE com a Rede Cemat é de R$ 80 milhões. A dívida não passa de R$ 100 milhões com fornecedores e tem também um recebimento, se for bem discutido, em torno de 20 milhões de recebimento.
Diário - A arrecadação do município está bem equilibrada?
Tião - Não. Ainda tem déficit em torno R$ 2,5 milhões, um déficit de R$ 800 mil do Pronto-Socorro e de R$ 500 a 600 mil do DAE.
Diário - Voltando à pauta da discussão política, no final de semana um grupo de empresários do município - Fernando Mendonça, Juliano Bortolo Todimo, entre outros - esteve reunido com a pretensão de ter um candidato a prefeito. Eles têm conversado com o senhor?
Tião - Tem. São todos meus amigos, inclusive o próprio Fernando Mendonça e Juliano Bortolo são dois grandes nomes. Acho muito interessante, caso eles tenham a disposição de disputar. Várzea Grande ganha muito com duas pessoas tão responsáveis e comprometidas, como os dois são.
Diário - O senhor daria apoio a um deles?
Tião - Com certeza: eu já os convidei para vim participar. Precisamos de pessoas com este perfil para discutirmos Várzea Grande e buscar uma solução. Eu não tenho nenhuma dificuldade em apoiar um destes nomes.
Fonte:
Do DC
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/75465/visualizar/
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