O Banco Central (BC) divulgou nesta terça-feira pela primeira vez dados da Taxa Preferencial Brasileira, que reflete os custos de financiamentos das grandes empresas junto aos bancos. De janeiro de 2005 a abril de 2011, a taxa preferencial média foi de 16,2% anuais. O custo é o mais elevado de uma relação de seis países divulgada pelo BC, que inclui os países do Brics - Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul - e os Estados Unidos. O BC destacou, contudo, que o spread médio (diferença entre os juros pagos ao aplicador e as taxas cobradas nos empréstimos) da taxa nesse período, de 3,2%, é similar aos dos demais países.
A divulgação da TPB visa exatamente permitir a comparação das taxas praticadas no País com as de outros países, informou o BC no Relatório de Estabilidade Financeira do segundo semestre divulgado nesta terça-feira. "Ao corresponder ao custo do empréstimo para clientes com menor risco, é possível, também, utilizá-la como referência para a realização de outras operações de crédito, incentivando a concorrência no mercado de crédito doméstico", argumentou o BC.
A TPB computa as taxas cobradas de clientes de grande porte que representam baixo risco de empréstimo para os bancos. Trata-se de empresas que tenham operações de créditos com três ou mais instituições financeiras, com pelo menos uma das operações em curso com valor igual ou superior a R$ 5 milhões.
Em média nos últimos 12 meses, foram selecionadas 738 operações de 91 clientes distribuídas em 13 bancos em cada mês. Foi usado a base de dados de bancos comerciais privados, além do Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. O levantamento não leva em conta as operações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que são subsidiadas.
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