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Terça - 20 de Setembro de 2011 às 07:37
Por: ANA ROSA FAGUNDES

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Lenine Martins
O presidente da Agecopa, Eder Moraes, não mostra preocupação com mudanças
O presidente da Agecopa, Eder Moraes, não mostra preocupação com mudanças
A Agência Estadual de Execução dos Projetos da Copa do Mundo (Agecopa) já nasceu com falhas em sua legislação. Com uma possível mudança do status da autarquia para secretaria de Estado, está será a terceira reformulação na lei desde ela foi criada, em 2009, no governo do hoje senador Blairo Maggi (PR).

O governo já determinou um estudo para transformar a Agecopa em secretaria. O temor do Executivo é ter outros problemas, como o que ocorre com a crise desencadeada publicamente há 15 dias entre o presidente da Agência, Eder Moraes, o diretor de Infraestrutura, Carlos Brito, que após cinco horas de reunião com o governador Silval Barbosa (PMDB), na sexta-feira, aguarda uma manifestação do peemedebista.

Após a discussão pública, Eder pediu ao governador a demissão de Brito, em seguida, numa portaria interna deu férias ao diretor e por último conseguiu o respaldo de todos os diretores da Agecopa para endossar a saída de Brito.

Pelo modelo original, a Agência funcionaria como uma diretoria colegiada, com seis diretores e um diretor-presidente. Porém esse sistema não deu certo porque não havia um poder centralizador, como o deputado Emanuel Pinheiro (PR) alegou “todo mundo mandava e nada acontecia”.

Pinheiro propôs então a alteração no modelo, passando de uma diretoria colegiada para presidencialista, em fevereiro deste ano. Depois de muita discussão entre governo e Assembleia, em março o projeto foi aprovado e o governador nomeou Eder Moraes para o cargo. Homem forte do governador, na época ele era secretário-chefe da Casa Civil. Antes, ainda no governo de Blairo Maggi, ele foi secretário de Fazenda, começando no governo como presidente do MT Fomento.

A ideia inicial era transformar a Agecopa em uma secretaria de governo, conforme o primeiro projeto apresentado por Pinheiro. Na mesma semana ele foi demovido da ideia e a Assembleia apresentou proposta menos explosiva. A Agecopa continuaria só que a estrutura interna seria alterada.

Depois de Eder já como presidente, encaminhou novo projeto alterando mais uma vez a lei, dessa vez mexendo na estrutura interna, reajustando o modelo presidencialista. Na prática, os diretores perderam o poder, ficando o presidente centralizando o poder de decisão.

Agora, caso se concretiza uma mudança da autarquia para secretaria, será a terceira alteração na lei. Apesar disso, não será a mais radical, pois Eder será o secretário e, portanto, continuará com poder de decisão. A respeito dos diretores, eles se tornarão secretários-adjuntos. No entanto, o montante de recursos da Agecopa pode diminuir, pois a verba destinada à comunicação, por exemplo, será controlada pela Secretaria de Comunicação do Estado.




Fonte: Do DC

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